Geral Por: Thiago Andrade Repórter 04 Dez 2017 11:14 Rede Piauí de Notícias

Piauí é o Estado do Nordeste que mais depende de recursos da União

Somente o estado da Bahia continuou com o mesmo índice de dependência da União


Uma pesquisa publicada na última semana pelo Banco do Nordeste sobre os nove estados da federação que compõem a região de atuação do banco revela que o Piauí é o estado do nordeste que mais depende de recursos constitucionais da União, como o Fundo de Participação dos Estados.

Em agosto de 2017, a taxa de Dependência Financeira (IDF) do Piauí estava 0.46, numa escala de 1 a 0 em que quanto mais perto de 1, maior a dependência dos repasses do governo federal. Em agosto do ano passado, o índice foi de 0.49. O IDF equivale à relação entre as Transferências da União e a Receita Corrente Líquida (RCL).

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O Piauí é o estado do nordeste que mais depende de recursos constitucionais da União  Foto:PortaloDia

As Transferências da União são representadas pela soma do Fundo de Participação dos Estados e Transferências Discricionárias. Já a Receita Corrente Líquida esta relacionada à arrecadação adquirida por conta do próprio estado. “O IDF mostra a capacidade de uma unidade federativa em gerar receitas a partir de sua própria base econômica, isto é, de sua própria arrecadação de tributos. Quanto mais o IDF for próximo de zero, menor será a dependência da unidade federativa em relação às transferências federais”, mostra o relatório do Banco do Nordeste.

De acordo com o relatório, no Nordeste, sete estados apontaram diminuição no indicador IDF entre os meses de agosto de 2016 e agosto de 2017, quer dizer, diminuindo a dependência de investimentos da união. Somente o estado da Bahia continuou com o mesmo índice de dependência da União e o estado de Pernambuco elevou o índice de dependência.

Na opinião de Antônio Ricardo de Norões Vidal, criador do estudo, a dependência dos estados do Nordeste dos recursos Federais é reflexo de uma base econômica ainda iniciante nessa Região, com alto nível de informalidade nas relações econômicas, produzindo, dessa forma, uma tímida arrecadação tributária.




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