Além da formatação do fluxo de pacientes, em parceria com o Conselho Regional de Medicina (CRM-PI), que já está ocorrendo, onde gestantes de médio e baixo risco estão sendo encaminhadas para a redes municipais de saúde em obstetrícia e neonatologia, com o intuito de manter a Maternidade Dona Evangelina Rosa (MDER) atuando em casos de alto risco, que é a sua especialidade, ficou definido em reunião ocorrida na última sexta-feira (07) com a presença da juíza federal Marina Mendes, o compromisso da Secretaria de Estado da Saúde (SESAPI) que o repasse mensal do orçamento da Instituição ocorrerá até dia 10 de cada mês com recursos do tesouro estadual.
Na oportunidade, o diretor da Instituição entregou à magistrada, por escrito, o planejamento da Unidade Hospitalar para 2019, bem como todas as medidas que vêm sendo adotadas pela diretoria da Casa. Também estiveram presentes o procurador Kelston Lages; representante do Tribunal de Contas Raíssa Rezende; a presidente do Conselho Regional de Medicina, Miram Palha Dias; diretores e funcionários da Maternidade.
No que tange à carência de profissionais efetivos na Casa, também discutido durante o encontro, Florentino Neto antecipou que em 2019 o Estado do Piauí, através da SESAPI realizará concurso público para provimento de cargos, tanto na Evangelina, como em outros hospitais. Ficou acordado que, em uma próxima audiência, em data a ser definida, a Secretaria apresentará os encaminhamentos já feitos para a realização do certame, que deve ocorrer no segundo semestre. De acordo com levantamento do Tribunal de Contas do Estado, a Evangelina tem 1100 funcionários . Também ficou definido que a Maternidade apresente, no próximo encontro, um plano de contingenciamento de cargos com levantamento de todos os colaboradores da Unidade Hospitalar que deve passar a ter apenas funcionários efetivos e trabalhadores terceirizados, em atividades meio.
Já em relação à falta pontual de insumos e medicamentos, o diretor da Instituição, médico Francisco Macêdo informou que já existe contratação de fornecedores para os próximos cinco meses e que um pregão está em curso para regularizar o abastecimento a cada 12 meses. Questionado sobre o controle da falta de materiais antes que ela aconteça, Macêdo afirmou que o sistema MV, sistema de software de gestão em saúde, que são implantados em módulos. Já está atuando na admissão e outros setores da Evangelina está sendo implantado no setor de compras e farmácia. “Temos quatro sistemas atuando aqui e não estavam dando conta. Estamos em fase de treinamento com os profissionais que irão utilizar e, como isso, esperamos que com os técnicos implantando esses módulos, possamos ter uma melhor na formatação da Casa”, pontuou Macêdo.
A coordenadora do setor de Farmácia, Sheyla Baia, esclareceu que o controle de estoque existe, mas que o desabastecimento ocorre por conta do setor de compras, pelos problemas já apontados, como contratos e fornecedores. Com o sistema implantado, tudo acontecerá de forma ágil afim de que não ocorra desabastecimentos.
À pedido do secretário, o Conselho Regional de Medicina (CRM) fará inspeções semanais da Maternidade, no que tange o abastecimento de medicamentos e insumos, e deverá encaminhar relatórios à justiça.
Após visita de juíza federal, Maternidade Evangelina Rosa se compromete com melhorias