Teresina produz mensalmente 36 mil toneladas de resíduos sólidos que são devidamente encaminhados para o aterro da cidade. Seguindo o cronograma do Plano Municipal de Saneamento Básico de Teresina e do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS), a capital tem recebido melhorias na destinação desses materiais e até o fim de 2019 completa a implantação do aterro sanitário.
O secretário executivo da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Semduh), Vicente Moreira, explica que atualmente Teresina não possui um lixão e sim um aterro controlado, sendo feita a implantação de um aterro sanitário.
“Todos os resíduos resultantes das atividades de limpeza realizadas pelo município são recolhidos por Caminhões Coletores, pesados na entrada do aterro, e tem-se um controle de tudo que entra no local. São identificados os tipos de resíduos, a zona de origem e a rota em que foi recolhido, por exemplo. Além disso, após a disposição, é feita uma cobertura desses resíduos, evitando que fiquem expostos. Em um lixão, não existe controle ou preocupação com o meio ambiente, o lixo é apenas disposto no local, o que não é o caso de Teresina”, destaca.
O gestor ainda pontua que o aterro sanitário já está sendo implementado ao lado do aterro controlado, que será futuramente desativado e recuperado.
“Estamos fazendo toda a impermeabilização do solo, para evitar a contaminação do mesmo por chorume, a instalação dos drenos de gás metano, que é produzido pela degradação da matéria orgânica e será queimado a fim de reduzir seu índice poluidor, além de drenos de chorume, que estão sendo instalados tanto na parte já degradada quanto na parte do aterro sanitário, viabilizando a drenagem e encaminhamento para o tratamento. Atualmente, já possuímos a estação de tratamento de chorume operando e transformando esse lixiviado em água de reúso utilizada em serviços de lavagens”, explica Vicente Moreira.
O secretário executivo esclarece ainda que mesmo com os avanços em toda a parte estrutural da instalação do aterro sanitário, existem desafios a serem enfrentados este ano.
“Hoje, existem 128 catadores registrados no aterro, atuando em três turnos. A situação deles é completamente insalubre e temos o desafio deles aceitarem serem incorporados na cooperativa de catadores criada pelo município e que está em operação. A Prefeitura vê com bons olhos essa absorção pela cooperativa, mas sabemos das dificuldades, até mesmo pela própria cultura dos catadores de trabalharem de forma independente. Nós precisamos que eles compreendam a necessidade, até por questão da saúde de cada um, de passarem a trabalhar de uma forma mais organizada e salubre possível”, completou Vicente Moreira.