Cachimbo encontrado em Barras deve ter 8 mil anos e pode revelar novo sítio arqueológico no PI

O artefato será levado ao setor de arqueologia da Universidade Federal do Piauí onde será submetido a testes para precisar a datação da peça

10/07/2018 - 21h08

Um cachimbo de pedra com um rosto esculpido foi encontrado num terreno que havia acabado de ser arado, numa localidade chamada Espingarda, a 10 km do perímetro urbano de Barras. O artefato pode revelar a presença de um novo sítio arqueológico no Piauí.

O vestígio foi localizado pelo geógrafo João Barbosa Neto e levado para a Universidade Estadual do Piauí, onde o professor Assis Carvalho identificou como um possível objeto pertencente a tribo dos Alongazes, indígenas que habitavam a região há milhares de anos. De acordo com o estudioso, vestígios desse tipo já foram encontrados em outros momentos e datam de mais de 8 mil anos.

"Tenho duas machadinhas de pedra já localizadas nessa mesma região, datadas de oito mil anos atrás.  Este cachimbo já é uma peça com riqueza de detalhes e pode ter pertencido a tribo dos Alongazes, que povoaram essa região há pelo menos oito mil anos. A tribo deu nome ao rio, hoje chamado de Longá e por volta de 1730 começaram a ser extintos trabalhando para fazendeiros da região", relata o pesquisador.

O artefato será levado ao setor de arqueologia da Universidade Federal do Piauí onde será submetido a testes para precisar a datação da peça. Segundo o professor, com a tecnologia disponível no Estado, já será possível até identificar o tipo de fumo utilizado na peça.

"Essa região pode abrigar um grande sítio arqueológico e minha intenção é trazer um grupo de arqueólogos para realizar uma escavação pois com certeza houve um aldeamento as margens do rio Longá que pode ter deixado muitos vestígios", diz o professor.

Com informações do Cidade Verde