Caso Emily: "Na minha opinião o crime é doloso e não é lesão corporal", diz promotor militar

O policial Aldo Luís foi reprovado no teste psicotécnico do concurso da Polícia Militar, em 2010, e conseguiu entrar na corporação por meio de uma liminar judicial

08/01/2018 - 19h20

Em entrevista exclusiva para a TV Cidade Verde, o promotor militar, Assuero Stevenson, disse acreditar no endiciamento dos policiais militares Aldo Luís e  Francisco Alves no envolvimento da morte da garota Emily ao abordar os pais da criança em uma operação malsucedida. "Na minha opinião o crime é doloso, o crime é de homicídio e não é lesão corporal seguida de morte. Você vai ter que analisar a parte subjetiva de quem atirou. No meu entendimento é que houve um homicídio  e uma tentativa de homicídio", defende o promotor.


Hoje pela manhã, 08, o comandante da PM, Carlos Augusto, suspendeu a portaria que atibui investigação à Polícia Militar em crimes cometidos por PMs / Crédito: Ministério Público do Estado do Piauí

Na manhã de hoje, 08, o comandante da Polícia Militar, coronel Carlos Augusto, informou que suspendeu a portaria que atribui à Polícia Militar as investigações de crimes cometidos por policiais militares.

O policial Aldo Luís foi reprovado no teste psicotécnico do concurso da Polícia Militar, em 2010, e conseguiu entrar na corporação por meio de uma liminar judicial. Aldo Luís e  Francisco Alves teriam coletado as cápsulas deflagradas da cena do crime e apresentado uma viatura que já havia sido atingida num período que não correspondia ao período do acontecimento.

Os dois policiais devem responder por homícidio doloso e tentativa de homicídio, além de fraude processual, quando tentou modificar as provas para enganar a investigação da Polícia Civil.

A medida de suspensão da portaria, será adotada até uma avaliação da Procuradoria Geral de Justiça.