Ciro Gomes sobre Bolsonaro: "fascista", "extremista" e "promessa certa de crise"

Pré-candidato do PDT chamou de "golpista" presidente Michel Temer.

22/05/2018 - 11h26 - atualizado 14h07

O pré-candidato a Presidência da República pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT), Ciro Gomes, foi sabatinado pela Folha de São Paulo, UOL e SBT na manhã desta segunda-feira (21).

Ciro Gomes prometeu que se for eleito vai revogar duas medidas do "governo golpista" de Michel Temer: teto de gastos e reforma trabalhista. 


Ainda de acordo com Ciro, as portas estão abertas para diálogo com o PSDB. "A aliança com o tucanato pode até ser completamente disparatosa do ponto de vista eleitoral [...], mas é preciso pensar no dia seguinte ao das eleições e ter a porta aberta para dialogar", declarou.

O ex-ministro do Governo Lula disse torcer para uma disputa em segundo turno entre ele e o pré-candidato do PSL, deputado federal Jair Bolsonaro. "Gostaria muito de enfrentá-lo. Me parece o candidato menos difícil de ser derrotado", declarou Ciro afirmando que Bolsonaro é "fascista", "promessa certa de uma crise" e que tem "soluções muito toscas" para o país.

Gomes disse que o que está em jogo neste momento é a governabilidade do Brasil e que ele sente que esta responsabilidade pesa sobre seus ombros.

Para o ex-ministro, o país precisa passar por uma profunda reforma fiscal e política. Ciro defende a taxação de grandes fortunas e promete aliviar a carga tributária para os mais pobres, caso seja eleito presidente do Brasil.

Ciro defendeu a criação de um pólo de centro-esquerda com o PCdoB (Partido Comunista do Brasil) comprometido com "um conjunto histórico de valores com o trabalhismo caro ao seu partido": o PDT de Leonel Brizola.

O pré-candidato declarou acreditar que vai disputar o segundo turno com Geraldo Alckmin e que essa concorrência seria muito mais instigante e desafiadora do que enfrentar um "extremista fascistóide", disse Gomes fazendo referência ao deputado Jair Bolsonaro.

Sobre uma provável participação do ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, que é cotado para disputar a Presidência da República pelo PT, Ciro enxerga como um "debate elegantérrimo" e "focado em ideias".