Cobradores de ônibus estão tendo que pagar o prejuízo causado por assaltantes. A categoria denuncia que os valores roubados durante assaltos nos coletivos estão sendo descontados nos contracheques. Há relatos de trabalhador que teve R$ 400 de desconto no salário em um único mês.
O cobrador Francisco Gomes, relata que os elementos levam os pertences e ainda tem que se responsabilizar pelo dinheiro roubado, diz também que o patrão está lucrando e não assumi nenhum ônus. E eles como trabalhadores e os passageiros é quem fica no prejuízo.
De acordo com o levantamento do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo em Teresina aponta que um ônibus é assaltado a cada três dias em Teresina.
Gomes conta que existe uma cláusula na convenção trabalhista, assinada por ambas as partes, que no caso de assaltos, o motorista e o cobrador são isentos de pagar quaisquer danos.
Por meio de nota, o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT) informou que existe um procedimento de segurança repassado aos cobradores que devem depositar quantias maiores em um cofre dentro do ônibus. A recomendação é que na gaveta do caixa fique apenas a quantia de R$ 30.
A nota informou ainda que, caso o valor roubado seja de até R$ 30, o trabalhador não precisa ressarcir o prejuízo.