A mãe da criança de 12 anos com deficiência intelectual, vítima de estupro pelo padrasto, deve também ser indiciada pelo abuso. Para o delegado Leonardo Alexandre, titular de Esperantina, a mulher sabia dos abusos da filha, mas teria se omitido e não denunciou o caso para a polícia.
"A mulher sabia do caso e tinha condições de evitar. A omissão dela é relevante e pode ser responsabilizada pelo mesmo crime do companheiro. A filha diz que contou à mãe sobre os primeiros abusos, ainda em 2016. Ela chegou a colocar o companheiro para fora de casa, mas depois aceitou ele de volta e as agressões continuaram acontecendo na casa da vítima", revelou o delegado.
O Conselho Tutelar notificou a Delegacia de Esperantina. foto:Portal José de Freitas Agora
O caso só chegou à polícia após a criança relatar os abusos aos professores da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) em Esperantina, onde faz acompanhamento por ter deficiência intelectual. Os próprios profissionais da instituição acionaram o Conselho Tutelar, que notificou a Delegacia de Esperantina.
A prisão do suspeito ocorreu na terça-feira (12), após denúncias de estupro de vulnerável. A juíza expediu o mandado de prisão preventiva para o padastro da criança no mesmo dia da denúncia e o homem foi conduzido à penitenciária de Esperantina.
"Em depoimento, a mãe confessou que sabia dos abusos e não soube explicar porque não procurou a polícia, nem informar onde estava quando a filha era abusada. A criança passou por exames de corpo delito, que constatou a conjunção canal. Mesmo preso, o suspeito nega o crime. O inquérito será concluído em 10 dias", segundo o delegado.
*Com informações da redação/RPiaui