Uma criança foi encontrada no interior da Penitenciária Major César Oliveira, na cidade de Altos, no último final de semana. A criança foi achada despida por agentes penitenciários no pátio da unidade perto de um dos detentos, que também estava sem roupas. A hipótese era de que ele havia sido estuprado, mas a suspeita foi desconsiderada por meio de um exame de corpo de delito no IML.
"No local existe uma área em que os presos costumam realizar alguns serviços de manutenção ficando mais livres durante suas atividades", explica um dos agentes penitenciários.
Segundo o Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sinpoljuspi), o menor teria sido levado para a Penitenciária pelos próprios pais, que também, tiveram ciência do caso. De acordo com informações, a suspeita é a de que, por não ter recursos econômicos, a família da vítima teria recebido dinheiro em troca de abuso sexual.
O menor teria sido levado para a Penitenciária pelos próprios pais Foto:Sejus
"O preso já havia sido acusado de pedofilia", falou o agente, o qual informa também que, a visitação de crianças e adolescentes em penitenciárias deve ser antes agendada e dirigida por profissionais de Serviço Social. No entanto, isso não aconteceu com a vítima que chegou a dormir com o preso.
O detento foi encaminhado para a Central de Flagrantes.
O Conselho Tutelar do município informou que ainda não teve conhecimento do caso.
A Secretaria de Justiça emitiu uma nota sobre o caso, informando que, será feita uma investigação para apurar o acontecimento. De acordo com a Sejus, o IML fez o exame de corpo de delito na criança, atestando que não ocorreu a consumação de estupro.
Confira a nota na íntegra:
Nota
Durante a visita de sábado, os pais, junto com a criança, visitaram um dos presos da unidade.
Finda a visita, a gerência notou a ausência de uma pessoa na saída dos visitantes e, imediatamente, fez uma vistoria, encontrando a criança em um dos módulos da unidade.
Feita a identificação, o preso, os pais e a criança foram encaminhados à Central de Flagrantes de Teresina, onde prestaram depoimento.
Segundo a gerência, exame de corpo de delito foi feito pelo IML na criança. Uma investigação, no âmbito da Secretaria de Justiça, também está sendo aberta, para apurar o ocorrido.