Defesa de Alisson Wattson ingressa com habeas corpus e pede liberdade do militar

O militar é acusado de matar Camilla Abreu, estudante com quem manteve um caso

18/05/2018 - 09h33 - atualizado 13h18

O advogado do capitão Alisson Wattson da Silva Nascimento ingressou com pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça do Piauí solicitando a liberdade do militar, acusado de matar Camilla Abreu, estudante com quem manteve um caso.

De acordo com Pitágoras Veloso, advogado do capitão, a prisão de Alisson é ilegal e contraria as provas dos autos porque foi baseada em elementos obtidos no inquérito, contrária ao que foi dito por testemunhas.


Capitão Alisson Wattson. (Foto: Arquivo pessoal)

Ainda segundo a defesa, a própria juíza teria dito que não existe elementos demonstradores de coação ou ameaça contra as testemunhas de acusação nos autos do processo.

O habeas corpus tramita na 1° Câmara Especializada Criminal e foi ajuizado no dia 11 de abril.

A estudante desapareceu no dia 26 de outubro de 2017 e foi vista pela última vez num bar no Morada do Sol, zona Leste de Teresina, acompanhada do capitão. Depois do desaparecimento, o militar ficou incomunicável por dois dias e, ao retornar, afirmou não saber do paradeiro de Camilla.

Em seguida, o capitão Alisson procurou um posto de lavagem às margens do Rio Parnaíba, na Avenida Maranhão, a fim de remover as marcas de sangue do veículo. O militar informou ao lavador que o sangue era decorrente de uma pessoa acidentada que ele teria ajudado. 

Em Campo Maior, Alisson tentou vender o estofado do carro, mas não conseguiu em razão do forte cheiro de sangue o que fez aumentar ainda mais as suspeitas da polícia. Ele foi preso no dia 31 de outubro e, no dia 1° de novembro, Camilla foi enterrada sob forte comoção popular no cemitério São Judas Tadeu.