Um diagnóstico realizado pela Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência Social e Políticas Integradas (Semcaspi), em novembro de 2018, revelou que cerca de 150 flanelinhas atuam no Centro de Teresina. Parte desses trabalhadores devem ser contratados pela empresa vencedora da PPP do Estacionamento, que atualmente encontra-se em fase de licitação.
Diagnóstico revela perfil e quantidade de flanelinhas que atuam no Centro de Teresina.
O estudo verificou dados pessoais e o perfil desse público em Teresina. A maioria deles é formado por homens, cerca de 94%. A maioria tem idade entre 31 e 40 anos e sendo de cor parda ou negra. Cerca de 62% possui o ensino fundamental incompleto e 45% se declarou solteiro. Ainda de acordo com o diagnóstico, 46% deles informaram que estão há, no máximo, 10 anos vivendo no espaço da rua.
Segundo o estudo, 64% dessa população gostaria de exercer outra atividade profissional. Também foram identificadas no levantamento informações como idade, escolaridade e pretensão por outra atividade profissional.
O diagnóstico foi encaminhado à Secretaria Municipal de Concessões e Parcerias (Semcop), que apresentará o documento ao grupo, coordenado pela SDU Centro Norte, responsável por elaborar o projeto de requalificação da região central. O estudo também servirá como base para a oferta de cursos de qualificação profissional realizados pela Fundação Wall Ferraz.
O Projeto de Concessões para Estacionamentos do Centro, aprovado pela Câmara Municipal de Teresina, prevê que a empresa a operacionalizar o sistema de estacionamento contrate, preferencialmente, os flanelinhas já em atividade e cadastrados pela Prefeitura de Teresina. “Como a gente prever a possibilidade da não contratação de todos os guardadores de carros, realizamos o levantamento para promover ações sociais que possam amparar aqueles que não estiverem dentro do perfil exigido ou que não tenham interesse em trabalhar na PPP”, explica Monique de Menezes, secretária da Semcop.
Segundo ela, o objetivo é qualificar os flanelinha, pois são pais de famílias que precisam de novas oportunidades de emprego. “A ideia é oferecer os cursos pela Fundação Wall Ferraz. Desse modo, já identificamos, através do levantamento da Semcaspi, quais os cursos que eles têm interesse e quais suas afinidades com outras áreas de trabalho”, adiantou.