Diretora agredida por aluna aciona o Estado na Justiça

A ação foi protocolada no dia 1º de Março de 2018 e está tramitando no Juizado Especial da Fazenda Pública

09/03/2018 - 07h01

A educadora Marilena Teixeira acabou entregando o cargo de diretora da Unidade Escolar Firmina Sobreira, no bairro Poty Velho, em Teresina. Em dezembro do ano passado, a mulher foi agredida por uma aluna e solicitando a transferência para outra unidade estadual por conta da insegurança e das ameaças que vinha sofrendo de amigas da aluna, que por ventura, continua estudando na escola.

Por conta da falta de auxílio aos professores e diretores, acabou indo às vias judiciais solicitando a indenização por danos morais e materiais suportados. A ação foi protocolada no dia 1º de Março de 2018 e está tramitando no Juizado Especial da Fazenda Pública. “É obrigação do Estado preservar a incolumidade física de alunos, professores e todos aqueles que prestam serviço em escolas da rede pública enquanto estiverem no recinto do estabelecimento escolar. A relação entre a lesão sofrida pela professora Marilena e a omissão da Administração Pública decorre da falha do dever de vigilância e de zelo, quando, por negligência, o Estado permitiu que uma aluna lhe agredisse física e moralmente.”, explicou a advogada Jéssyca Aguiar Costa ao portal AZ.


O flagra das agressões foi registrado por outros alunos / Crédito: Reprodução - Youtube

Entenda o caso

A agressão aconteceu ainda em dezembro de 2017, e a professora foi jogada ao chão recebendo diversos socos no rosto, pontapés, unhadas e puxões de cabelo.

Segundo testemunhas a aluna xingou diversas vezes a ex-gestora de "vagabunda" e que iria acabar com a vida dela.

Os outros alunos solicitaram a presença da ex-diretora por conta que a aluna que a agrediu não estava com o fardamento escolar obrigatório."Saí de sala em sala orientando que os alunos deveriam usar o fardamento completo. Era dia de prova no Ensino Fundamental e alguns alunos estavam de calça jeans. Para não prejudicar ninguém, autorizei que fizessem as provas, mas no dia seguinte só faria prova quem estivesse com o fardamento completo. De repente, fui surpreendida por essa aluna em um dos corredores. Ela me bateu muito, me chamou de vagabunda. Se tivesse armada teria me matado.", disse Marilena Teixeira.