Eleitores de Jair Bolsonaro (PSL), que concorre à Presidência, votaram portando armas neste domingo (07) de eleição do primeiro turno. Os votos foram filmados e fotografados, o que é crime eleitoral. Eduardo Bolsonaro, filho de Bolsonaro, chegou a postar em seu twitter pedindo que os eleitores filmassem a urna.
Em um dos vídeos, o eleitor segura a arma pelo cabo e usa o cano para digitar o número do candidato. O homem não aparece na imagem, mas exibe a arma para a câmera ao final.
Os ratos sairam do bueiro, mas ainda dá tempo de fechar a tampa pra nunca mais ter de assistir isso aqui. pic.twitter.com/rlsw070aSg
— Larissa Moreira (@lacmoreira21) 7 de outubro de 2018
Na fotografia, um revólver está posicionado em cima da urna eletrônica enquanto aparece a imagem do voto em Bolsonaro na tela. A fotografia circulou após o compartilhamento de um morador de Cachoeira do Sul, no Rio Grande do Sul, que negou ser autor da foto e afirmou apenas ter compartilhado a imagem. Em outra imagem uma arma aparece em cima de uma urna na Escola Estadual Professor Mauricio Brum, em São João do Mereti, interior do Rio de Janeiro.
O vice-procurador eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Humberto Jacques de Medeiros, afirmou que o tribunal está avaliando imagens e vídeos postados em redes sociais e em grupos de WhatsApp onde internautas aparecem com armas ao lado de urnas eletrônicas, mostrando o voto no candidato PSL.
No grupo do Facebook “Mulheres Unidas a Favor de Bolsonaro”, uma integrante chegou a escrever: “Alguém sabe se domingo pode ir votar armado?”. O porte de armas é autorizado no Brasil para categorias que atuam na área de segurança pública, privada e moradores de áreas rurais, mediante registro. No caso de identificação de porte ilegal, como no caso de criminosos, as armas são recolhidas.
O deputado Jair Bolsonaro promete que, se eleito, irá liberar o porte de armas à população. Sua "marca" durante a campanha faz apologia ao armamento. Na foto a seguir, Bolsonaro estava no hospital se recuperando de uma facada:
Críticos à medida que Bolsonaro defende usam o próprio atentado contra o candidato como argumento: se o homem que deu a facada estivesse com um revólver, ele provavelmente não teria sobrevivido. Conforme relato, o criminoso tentou comprar uma arma, mas desistiu por causa dos entraves decorrentes do Estatuto do Desarmamento.
Com informações de Veja