O pré-candidato a governador do Piauí, deputado Luciano Nunes (PSDB) concedeu entrevista ao Programa de rádio Rede Piauí de Notícias na tarde da última segunda-feira (14). Entrevistado pelos jornalistas Ubiracy Saboia e Patrícia Almeida, o deputado respondeu perguntas relacionadas ao programa de governo, avaliação do governador Wellington Dias, articulações para coligações e candidato à vice, pesquisas eleitorais e visitas aos municípios.
Principal opositor de Wellington Dias, deputado Luciano Nunes. (Foto: Ascom)
Ao ser questionado sobre o interesse em se candidatar ao Governo do Estado, o deputado Luciano Nunes criticou o modelo adotado pelo atual governador na condução do Estado. "Sempre fiz oposição ao governador Wellington Dias por não concordar com o modelo que ele implementou no Piauí. Em conversas com empresários, amigos, familiares, representantes de associações e sindicatos resolvi aceitar o convite e disponibilizei o meu nome como pré-candidato de oposição", disse o deputado.
Educação, saúde e segurança pública
Luciano Nunes também criticou o governador Wellington Dias e fundamentou sua crítíca citando a omissão da atual gestão em relação a falta de ações concretas na valorização da saúde, educação, segurança pública e, principalmente, na geração de emprego e renda. "O governo atual conseguiu paralisar o estado. Os hospitais estão parados, não há médicos para atender a população. Na semana passada recebemos um vídeo gravado por alunos de uma escola de Caldeirão Grande do Piauí relatando que os estudantes ainda não tiveram aula esse ano, ou seja, é praticamente um semestre perdido. Tudo porque os salários dos motoristas de ônibus escolares não foram pagos. O Piauí tem hoje também a segunda maior taxa de analfabetismo do Brasil (17%). As Polícias Civil e Militar estão operando com a metade do contingente previsto em lei. Os municípios estão a mercê da ação de bandidos porque não há viaturas e as delegecias estão sucateadas", criticou o pré-candidato.
Geração de emprego e renda
Sobre a falta de oportunidades no Piauí, Luciano Nunes também não poupou críticas ao Governo do PT. "O governador não priorizou a geração de emprego e renda durante seus anos de mandato. Várias empresas deixaram de vir ao Piauí e muitas fecharam as portas, como uma fábrica de cimento lá em Fronteiras que, da noite pro dia, foi obrigada a demitir cerca de 500 funcionários porque o governo não proporcionou as condições necessárias para garantir a sua sobrevivência", lembrou o deputado falando também que a sua meta é investir em infraestrutura e logística como a construção de estradas e de energia elétrica de qualidade para atrair os investidores.
Interior do Piauí
O tucano também falou sobre algumas visitas que tem feito aos municípios do interior e citou a conversa que teve com a arqueóloga Niéde Guidon que coordena o Parque Nacional Serra da Capivara. "Já estivemos em quase 70 cidades desde que iniciamos a nossa pré-campanha. Em todos eles, percebemos a sensação de abandono do governo, principalmente, no sul do estado. Na semana passada estive com Niéde Guidon que me informou que há 5 meses o Parque Nacional não recebe recursos dos Governo Federal e Estadual ameaçando o emprego de 180 funcionários", informou o pré-candidato, que também citou a Rodovia Transcerrados que está com as obras paralisadas, onerando os produtores e elevando os preços dos produtos.
Intenções de voto
Sobre a pesquisa eleitoral encomendada pelo PSDB ao Instituto Credibilidade, Luciano Nunes disse que adotou uma estratégia diferente de consultar as intenções de voto por municípios pólos para saber como está a aceitação ao seu nome de forma isolada e comemorou os resultados obtidos. "Os números foram bastante animadores e positivos uma vez que nosso nome ainda é desconhecido em algumas regiões", disse o deputado.
Coligações e vice-governador
Luciano Nunes também respondeu a uma pergunta sobre composição de chapa e informou que já fechou a questão com o PSB (Partido Socialista Brasileiro) e o DEM (Democratas), mas segundo o pré-candidato, outros apoios estão sendo negociados. "Existem conversas com outros partidos. A questão do candidato ou da candidata a vice ainda permanece em aberto, e vamos decidir apenas em junho, mais próximo das convenções", respondeu.