Representantes de duas empresas de São Paulo manifestaram nessa terça-feira (19) ao governador do estado Wellington Dias, o interesse no desenvolvimento de um estudo para implantação, manutenção e operação do Porto de Luís Correia. A instituição quer investir R$ 690 mil para analisar a viabilidade técnica, econômica e ambiental do projeto para fazê-lo o primeiro porto do Brasil especializado em transporte de gado-vivo.
“É a primeira proposta lógica para a região. Nas anteriores tínhamos propostas que concorriam com outros portos, com a desvantagem de termos um calado mais baixo. O que vimos aqui é real”, destacou Wellington Dias.
Os estudos devem durar em torno de quatro meses e ficarão sob responsabilidade da DTA Engenharia (especializada em engenharia portuária e ambiental) e a CNAGA (especialista em gestão/operação de portos). O presidente da DTA, João Acácio Gomes, esclareceu que o transporte de bovinos vivo é uma tendência em todo mundo, que possibilita agregar mais valor ao produto do exportador. Países do oriente médio são os principais consumidores.
Audiência com Diretores da DTA Engenharia e CNAGA e os gestores dos órgãos SEFAZ, SEPLAN, SEADPREV(Foto: Paulo Barros)
“Lá o gado tem um valor diferenciado pela forma de processar e matar. Isso agrega 40% em cima do calor que a gente vende aqui. A câmara árabe em São Paulo vai comprar cinco milhões de cabeças de gado em 2018. É uma oportunidade singular para aproveitar o porto de Luís Correia”, destaca o empresário e engenheiro.
Com a especialização do porto, os empresários acreditam que o Piauí passaria a ser modelo para os pecuaristas na exportação de carne atraindo demanda de diversos estados do país. A estrutura permitiria também atracar navios roll-on/roll-off, que transportam automóveis e outras mercadorias.
“A proposta de estudo será apresentada ao Conselho Gestor de PPP’s. Se aprovada, a iniciativa privada inicia os investimentos e em 4 meses teremos pronto o estudo de Viabilidade Técnico-Econômico-Financeiro e Ambiental e depois disso teremos uma proposta factível para licitação”, explica Viviane Moura, superintendente da Suparc.