Um empresário foi preso em flagrante dentro de uma agência bancária de Teresina suspeito de aplicar o golpe do boleto – chamado bolware – que altera o código de barra dos pagamentos. A prisão ocorreu na última sexta-feira (6). O preso – que não teve o nome revelado – vai responder pelos crimes de estelionato e associação criminosa.
A prisão ocorreu quando o empresário realizava presencialmente a movimentação de aproximadamente R$ 166 mil obtidos com o golpe naquela manhã.
O empresário é suspeito de aplicar o golpes em grandes empresas com sede em Teresina e no interior do Estado.
“O golpe consistia em invadir o sistema de uma das empresas vítimas, contratada das demais, e enviar boletos com endereçamento errado a empresas clientes da primeira. Recebendo o boleto, suspostamente da sua contratada essas empresas vítimas realizavam pagamento, levadas a erro pela fraude. O dinheiro percorria um caminho no sistema financeiro nacional e era levantado a partir da conta do empresário preso pela equipe da DRCI”, diz a nota da Polícia Civil.
Segundo o Delegado Francírio Queiroz, delegado Adjunto da DRCI, os policiais vinham analisando os boletins de ocorrência relacionados a esse tipo de golpe e conseguiram elucidar o modo de atuação criminoso.
Segundo a Polícia, já houve bloqueio de parte do valor das vítimas. Somente o CNPJ do investigado preso gerou mais de R$ 2 milhões em uma única instituição financeira, demonstrando o potencial lesivo da associação criminosa.
A Polícia Civil informou ainda que poder Judiciário homologou o flagrante e converteu a prisão do investigado em preventiva.
“Várias empresas têm sido vítimas de golpes on-ine, especialmente porque possuem maior disponibilidade de valores em suas contas. Esse é um crime que pode ser cometido à distância, e muitas vezes o autor se esconde atrás de identidades falsas. É necessário que o mercado seja cada vez mais criterioso quanto a regras de segurança para realização de transações online, bem como que as pessoas tenham bastante atenção em seus pagamentos e negociações”, informa ao delegado Anchieta Nery titular da DRCI – Delegacia de Repressão a Crimes de Informática.
A Polícia Civil alerta à população em geral, para sempre verificar a conta de destino dos boletos bancários que eventualmente venham a precisar pagar no exercício de suas atividades.