No caso de uma pesquisa de intenção de votos realizada para saber a preferência do eleitorado de um determinado estado para governador, o universo a ser pesquisado corresponde ao número de eleitores. No Piauí, por exemplo, são 2.346.760 de eleitores, segundo dados do Tribunal Regional Eleitoral.
As pesquisas eleitorais ouvem em média 2 mil pessoas. O último estudo do Instituto Amostragem, divulgado no início da semana, ouviu 1.139 eleitores. Ou seja, as chances de você ter sido abordado para responder as perguntas de um agente de pesquisa realmente são muito pequenas. Isso faz com que muita gente questione, não confie ou mesmo não atribua credibilidade aos resultados de uma pesquisa.
“A não aceitação das pesquisas por boa parte do eleitorado ou mesmo os questionamentos que surgem quanto aos resultados e à credibilidade dos institutos podem ser explicados pelo fato de que as pessoas não conhecem como funciona a dinâmica do processo de confecção. Elas acham que uma pesquisa deve ouvir todo mundo e, como apenas uma parcela de pessoas é ouvida, ou seja, uma amostra de um universo, já é o suficiente para a maior parte achar que os resultados são tendenciosos”, explicou Ivanilson Clarindo, presidente do Instituto Census.
Ainda de acordo com Ivanilson Clarindo, as pesquisam são realizadas levando-se em consideração uma margem de erro, estimativa que pode variar entre 2% e 4%. "As pesquisas de intenção de votos são confiáveis desde que realizadas através de métodos corretos de amostragem dentro de uma margem de erro. Quanto mais entrevistas forem feitas, mais esse índice diminui", esclarece.
Reportagem de Ryan Andrade, supervisão de Pedro Henrique Santiago