Estudos revelam que notícias fake se espalham mais rapidamente

Os dados são de pesquisas realizadas pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT)

14/03/2018 - 15h05

De acordo com o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) as notícias consideradas falsas se espalham mais fáceis na internet do que textos verdadeiros.

A conclusão do estudo realizado na instituição teve como ponto principal 3 milhões de pessoas publicaram ou compartilharam essas histórias 4,5 milhões de vezes. O caráter verdadeiro ou falso dos conteúdos foi definido a partir de análises realizadas por seis instituições profissionais de checagem de fatos.

Os pesquisadores Soroush Vosoughi, Deb Roy e Sinan Aral analisaram 126 mil mensagens (não apenas notícias jornalísticas) divulgadas na rede social Twitter entre 2006 e 2017.

quase 70% dessas mensagens tem chances de ser retransmitida (retuitada, no jargão da rede social) do que uma verdadeira.

O conceito de profundidade foi usado pelos autores para medir a difusão por meio dos retuítes (quando um usuário compartilha aquela publicação em sua rede).

os conteúdos verdadeiros gerados chegam a 1.000 pessoas, quando os falsos são lindas por até 100.000 pessoas.

Esse aspecto faz com que a própria dinâmica de “viralização” seja mais potente, uma vez que a difusão é “pessoa a pessoa”, e não por meio de menos fontes com mais seguidores (como matérias verdadeiras de contas de grandes veículos na Internet).

Motivos

segundo os pesquisadores, esses conteúdos são gerados por pessoas que possui menos seguidores na internet, com pouca frequência no uso e menos tempo nas redes sociais.

isso explica que as mensagens falsas compartilhadas são mais recentes do que as verdadeiras. outro motivo para isso seria os conteúdos destacados pelos autores foi a reação emocional provocada pelas mensagens. Essas mensagens geram mais sentimentos de surpresa e desgosto, enquanto os conteúdos verdadeiros inspiravam tristeza e confiança.

Política no centro

Em pesquisas as mensagens de políticas não ficam para trás. Elas circulam mais e mais rápidas sobre outras temáticas, um conteúdo que gera mais de 20 mil acessos, ou seja, conteúdo que viraliza três vezes mais que outros.

 Outras publicações de outros assuntos também ganharam visibilidade os tuítes sobre as chamadas “lendas urbanas” e sobre ciência, estão dento do estudo como notícias falsas.

Robôs

Os autores contam também com a ajuda de robôs para as notícias falsas. Diferente, os robôs contam como outros estudos, em teses apresentadas, os robôs avaliam o conteúdo compartilhado e na mesma intensidade distingue mensagens falsas e verdadeiras.

De acordo com o artigo dos robôs, as notícias falsas se espalham mais rápidas porque o os humanos são mais suscetíveis a divulga-las.

*Reportagem de Helorrany Rodrigues sob supervisão de Pedro Henrique Santiago