Pesquisa realizada pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da USP, que transforma dejetos de galinha e palha de cana-de-acúcar em biocarvão. O resultado disso ajuda na fertilização do solo e na diminuição de emissão de gases do efeito estufa.
O professor da pós-graduação em Solos e Nutrição de Plantas na Esalq e orientador do trabalho, Carlos Eduardo Cerria apresentou a tese da aluna Sarah Vieira Novais, apresentada em janeiro deste ano, e explica que o biocarvão produzido, é excelente também para a recuperação de águas e posterior reuso na agricultura.
Segundo o professor Carlos Eduardo, o biocarvão transforma um problema em uma solução “o Biocarvão é um subproduto de queima de materiais orgânicos em condições bem especificas (dejetos de galinha, casca de arroz, casca da cana de açúcar e até lama de esgoto) nos quais obtém um produto que tem a capacidade de absorver água no solo muito maior e reter alguns nutrientes de forma que podem ser usados em plantas por exemplo, digamos que se usados em canteiros além de reter água terá propriedades de adubo que serão adicionados as plantas” Explicou o professor.
As pesquisas ainda estão no ínicio. “No caso, utilizamos o cocô da galinha, mas pode ser também casca de arroz, pó de cerra e até lodo de esgoto. O carvão produzido traz uma série de características que não existiam antes na matéria-prima original, como a maior absorção de água e maior retenção de alguns nutrientes". comentou o professor Carlos Eduardo.
*Reportagem realizada por Danielly Duarte, sob supervisão de Pedro Henrique Santiago.