O período das chuvas é o mais propício à proliferação do Aedes aegypti e, consequentemente, é a época do ano de maior risco de infecção por doenças como dengue, chikungunya e zika, transmitidas por esse mosquito. Como esta época coincide com o início das férias escolares, a Fundação Municipal de Saúde (FMS) solicitou, por meio de ofício, uma parceria com órgãos da educação de forma a orientar os gestores de escolas para cuidados com a prevenção neste período em que as escolas estarão fechadas.
FMS alerta para cuidados com o Aedes aegypti nas férias escolares.
Pequenas ações podem ser tomadas nestes estabelecimentos para proteger a saúde de alunos e funcionários. A diretora de Vigilância em Saúde da FMS, Amariles Borba, pede às escolas públicas e privadas que façam uma verificação de suas instalações. “Observem se não há criadouros do mosquito, seja nos ralos dos banheiros, nas caixas de descarga, nos vasos sanitários ou nos depósitos pelos pátios”, alerta a diretora.
Ações simples como tampar os tonéis e caixas d'água, manter as calhas sempre limpas e lixeiras bem tapadas podem eliminar 90% dos focos do Aedes aegypti de qualquer ambiente. E na escola não deve ser diferente. “Não só a equipe de limpeza, mas professores e principalmente os alunos precisam estar atentos para manter esse ambiente de aprendizagem livre de possíveis locais para a reprodução do mosquito”, diz Amariles Borba.
A população também deve ficar atenta e fazer sua parte, redobrando os cuidados para eliminar possíveis criadouros do mosquito, porque essa é a única forma de prevenção eficaz no combate ao Aedes. “As arboviroses continuam acontecendo e nós temos que proteger os nossos alunos, além das pessoas que estão próximas de nós, nossos parentes, amigos e afilhados. É dever de cada um não criar mosquito”, alerta a diretora.
A capital se mantém com índices positivos em relação aos casos das doenças provocadas pelo mosquito. Em 2017 a FMS registrou na capital 2.749 casos confirmados de dengue, 2.686 casos confirmados de chikungunya e nenhum caso de zika. Já em 2018, até novembro, formam confirmados 980 casos de dengue, 329 casos de chikungunya e um caso de zika. Em 2017, 1.612.862 imóveis da capital foram inspecionados, sendo que 107.831 deles foram tratados com larvicida. Um total de 373.440 depósitos eliminados.