Governo de Bolsonaro terá fusão de Ministérios da Agricultura e Meio Ambiente

Além destes, o governo terá também um ministério da Economia que reunirá os atuais Fazenda, Planejamento e Indústria e Comércio.

30/10/2018 - 17h29 - atualizado 17h29

O presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro (PSL), decidiu manter a fusão de ministérios proposta durante o período eleitoral. A decisão foi anunciada nesta terça-feira (30) após reunião com Paulo Guedes e Onyx Lorenzoni, membros de sua equipe, na casa do empresário Paulo Marinho, no Rio de Janeiro.

Portanto, o governo terá um ministério da Economia, que vai agregar os atuais ministérios da Fazenda Planejamento e Indústria e Comércio e terá outro que será a fusão dos ministérios da Agricultura com o Meio Ambiente. 

Nos dias finais da eleição, Bolsonaro havia sinalizado que poderia recuar dessa fusão por conta de alguns setores insatisfeitos com a junção das pastas. No entanto, agora a decisão é de que as pastas serão fundidas. 

O coordenador de economia da campanha de Bolsonaro, Paulo Guedes, apontado como futuro ministro da Economia, confirmou a criação do superministério, enquanto o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS), indicado para Casa Civil, reiterou sobre a fusão do Meio Ambiente com a Agricultura.

Após o encontro, Guedes também falou com a imprensa e disse que a economia brasileira será aberta de forma gradual para evitar prejuízos e afirmou que a indústria brasileira será retomada com juros baixos e redução de impostos.

Coletiva de Imprensa com Onyx e Paulo Guedes. Foto: Folhapress 

Redução de ministérios

Onyx afirmou que o objetivo é reduzir de 29 ministérios para 15 ou 16. Guedes acrescentou que a junção das pastas é importante para dar agilidade às decisões.

“Nós vamos salvar a indústria brasileira. Está havendo uma desindustrialização há mais de 30 anos. Nós vamos salvar a indústria brasileira, apesar dos industriais brasileiros”, disse Guedes.

Guedes disse que o governo pretende simplificar e reduzir drasticamente o número de impostos. “Será uma abertura gradual. E a razão do Ministério da Indústria e Comércio estar próximo da Economia é para justamente existir uma mesma orientação econômica em tudo isso. Não adianta a turma da Receita ir baixando os impostos devagar e a turma do Ministério da Indústria e Comércio abrir muito rápido. Isso tudo tem que ser sincronizado, com uma orientação única."

Previdência

Ambos confirmaram também que o próprio presidente eleito que vai conduzir a discussão sobre a reforma da Previdência. “A reforma da Previdência, quem comanda essa decisão é o presidente. O professor Paulo Guedes e toda equipe estão conversando com o presidente, que vai nos sinalizar”, disse Onyx.

Na segunda-feira (29), Bolsonaro, em entrevistas a emissoras de televisão, afirmou que pretende vir a Brasília na próxima semana quando se reunirá com o presidente Michel Temer e também pretende agilizar o debate sobre a reforma da Previdência.

Para Guedes, quanto mais rápido o processo avançar, melhor. “Do ponto de vista econômico, quanto mais rápido melhor. Nós estamos atrasados, essa reforma podia ter sido feita lá atrás. Agora, existe um cálculo político”, observou.

Em seguida, o futuro ministro da Economia acrescentou: “Acho que, na parte econômica, nós devemos avançar o mais rápido possível. O nosso Onyx, corretamente, não quer que uma vitória nas urnas se transforme em uma confusão no Congresso”.

Com informações de Uol e Agência Brasil