O secretário de Saúde do Piauí, Florentino Neto, participou de reunião nesta terça-feira (27), envolvendo diversos órgãos governamentais, acadêmicos e privados sobre investimentos na produção de canabidiol, medicamento derivada da Cannabis sativa. No encontro, empresas privadas apresentaram propostas de parceria com o Governo para fomentar a pesquisa e produção do medicamento no Estado.
O Piauí foi o primeiro estado do país a autorizar a viabilização do projeto, que inicialmente começou pelo Governo do Estado e Universidade Estadual do Piauí (UESPI), com a finalidade de fortalecer a pesquisa e produção no Piauí. A Uespi já deu início as pesquisas pioneiras.
“Temos um projeto inovador, que envolve toda a comunidade científica e técnica, estudando os efeitos desses medicamentos. Os dados científicos mostram que os benefícios são significativos no que diz respeito à melhoria dos pacientes. O que percebemos aqui é o governo trabalhando junto com as universidades com o mesmo objetivo”, diz Florentino Neto.
Segundo o IBGE, existem 17 milhões de pessoas no Brasil que poderiam ser tratadas diretamente com Canabis, segundo os agravos de saúde mais presentes no país, os dados foram apresentados pelo CEO da empresa Canapi, Paulo Jordão Fortes. “O Piauí tem um potencial forte de investimento nesse âmbito por questões geográficas, clima adequado, disponibilidade de água, força de trabalho e vontade política”, comenta.
O Piauí interliga Saúde, Universidades e diversos órgãos governamentais e iniciativa privada. “Diversas empresas, inclusive, internacionais estão olhando para essa experiência, isso abre precedentes também para mais investimentos para o nosso estado”, completa o secretário, afirmando ainda que um dos principais objetivos é ajudar o Centro Integrado de Reabilitação (Ceir) que possui pacientes que precisam desse tipo de tratamento, pois o uso do canabidiol é liberado para pessoas com crise convulsiva refratária.
“Também queremos ajudar os médicos a se integrarem esse conhecimento e usarem esse medicamento que já é legal no Brasil, precisamos fazer um trabalho muito próximo com os profissionais de saúde para que eles entendam como funciona o canabidiol funciona no nosso corpo”, disse o CEO da empresa que apresentou a proposta para parceria com os órgãos públicos.