Agentes, escrivães e peritos da Polícia Civil do Piauí paralisaram suas atividades por tempo indeterminado, nesta terça-feira (3). A classe realizou uma manifestação em frente o Palácio de Karnak para pressionar o Governo. Os policiais suspenderam as investigações e registros de boletins de ocorrência nas delegacias
A categoria cobra que o governo cumpra um acordo firmado em 2015 com a classe. O presidente do Sinpolpi, Constantino Junior, garante que 30% da categoria seguirá trabalhando, conforme prevê a legislação, e afirma que todas as delegacias da capital e do interior confirmaram adesão ao movimento. “Os atendimentos serão somente aos crimes de homicídio, latrocínio, estupro, criança vítima e idoso vítima”, pontua Constantino.
Os policiais civis solicitam um reajuste salarial de 60% proporcional ao salário dos delegados, além das melhorias nas condições de trabalho. Segundo relatório do Sinpolpi, muitas delegacias do Estado apresentam condições insalubres e efetivo policial insuficiente. O presidente do Sinpolpi conclui que o governo não demonstra interesse em negociar com a categoria.
“O governo está descumprindo um acordo judicial em que se comprometeu de encaminhar um reajuste salarial referente aos anos de 2016-2017-2018. Por conta disso, o Sinpolpi entrou com execução dentro desse processo, tendo como relator o desembargador Raimundo Nonato da Costa Alencar, que designou audiência de conciliação entre as partes. Essa audiência foi realizada ainda no mês de fevereiro deste ano e, lamentavelmente, não chegamos a nenhum acordo”, relata o representante do Sinpolpi.
Além das questões salariais, a categoria também pede ao governo explicações sobre a mensagem encaminhada nessa segunda (2) pelo Executivo que propõe extinguir o cargo de escrivão da Polícia Civil, transformando-o em função de agente de polícia.
Governo enviou ainda proposta ao Executivo para extinguir o cargo de escrivão da Polícia Civil. Foto: Reprodução.