Os hospitais e clinicas credenciados ao plano de saúde dos servidores estaduais do Piauí (Plamta), iram suspender os atendimentos e iniciar uma paralisação a partir desta quarta-feira (04).
O presidente do Sindicato dos Hospitais do Estado, Jefferson Campelo encaminhou em oficio no dia 29 de setembro à direção do Instituto da Assistência à Saúde dos Servidores Públicos do Estado do Piauí, Daniela Amorim Aita, o pagamento por serviços prestados ainda no mês de junho. Em caso de não quitação do valor devido, informou que seriam paralisados os atendimentos a usuários do Plamta e Iasp-Saúde.
De acordo com o ofício, o prazo contratual para pagamento dos procedimentos realizados foi extrapolado pelo Iaspi, “conduzindo os hospitais e clínicas a grande risco de perecimento de suas finanças, o que inviabiliza a continuidade da prestação de serviços”.
De acordo com o ofício, o prazo contratual para pagamento dos procedimentos realizados foi extrapolado pelo Iaspi (Foto: Portal AZ)
Pode-se entender um quadro de insolvência pelo “perecimento das finanças” em face dos atrasos nos pagamentos mensais, que somariam R$ 15 milhões por mês que deixou de ser pago. Assim sendo, face a existir um atraso desde junho e até setembro, o valor devido pelo Iaspi aos hospitais já somaria mais de R$ 60 milhões,
O prazo que os hospitais e clinicas deram para a regularização do do pagamento de junho encerra nesta quarta-feira (04).
Somente em 2017 já é a terceira vez que os hospotais e clinicas recorrem a uma pressão pública para receber pelos procedimentos médico-hospitalares e laboratoriais que prestam ao Iaspi.
Os casos ocorreram nos meses de Janeiro e Maio deste ano, mais uma vez o Estado sendo pressionado para que o pagamento seja realizado e regularizado.
Segundo as declarações já dadas anteriormente pelos dirigentes de hospitais e clínicas, a situação cria um risco permanente à saúde financeira das instituições e causa um forte impacto negativo em seus custos, podendo resultar em corte de custos nos quais incluiria, por exemplo, o desligamento de pessoas para uma redução do custeio salarial. Também há um grande risco de comprometimento da qualidade dos serviços.
O Plamta e o Iaspi-Saúde têm cerca de 200 mil usuários e a maioria se utiliza de serviços prestados na capital. Para se ter uma noção do numero de pessoas atendidas, o Plamta tem mais usuários que dois dos maiores planos médicos privados do Piauí, a Unimed Teresina e o Humana Saúde.
A suspensão dos atendimentos anunciada somente deve atingir consultas, exames e cirurgias eletivas, deixando de fora as urgências e procedimentos em curso, como, por exemplo, pessoas em pós-operatório.