O Hospital Regional Chagas Rodrigues, em Piripiri, se tornou referência em parto humanizado no Piauí. As diretrizes lançadas pelo Ministério da Saúde, em 2017, orientam profissionais da saúde para o atendimento qualificado de mães e recém-nascidos e estão sendo colocadas em prática no hospital.
Depois das diretrizes terem sido lançadas pelo Ministério, o parto não é mais visto como um conjunto de procedimentos e técnicas, mas um momento fundamental para a relação entre mãe e filho. Dessa forma, a mãe é que decide como deve acontecer todo o processo de nascimento.
Dentre algumas das diretrizes que foram incorporadas aos procedimentos de parto estão: liberdade de posição, dieta livre, presença de doulas e/ou acompanhante, respeito da presença da família e intimidade da gestante, métodos de alívio da dor, direito ao uso da anestesia, contato pele a pele imediato da mãe com a criança após o nascimento, e evitar a separação mãe-filho na primeira hora após o nascimento para procedimentos de rotina, como pesar, medir e dar banho. As diretrizes também visam reduzir as altas taxas de intervenções desnecessárias, que deveriam ser utilizadas apenas em momento de necessidade, mas acabam que são muito comuns.
A diretora-geral do hospital, Nádia Costa, explica que humanizar o parto é seguir um conjunto de condutas e procedimentos que promovem um nascimento saudável e mais confortável. "O parto humanizado respeita o processo natural e evita condutas desnecessárias ou de risco para a mãe e o bebê. É um direito da mulher algumas escolhas, como o apoio com a presença de um acompanhante que ela deseje, a fim de promover o bem estar físico e emocional durante todo o processo, desde a gestação até o nascimento, assim como aceitar a sua recusa a certas condutas que lhe causem dor ou constrangimento", diz a diretora
Para a coordenadora médica da maternidade do Hospital Chagas Rodrigues, Katiúscia Andrade, o parto humanizado visa respeitar e valorizar o momento mais importanta da relação mãe-filho: "Mesmo o parto cesariano deve respeitar o protagonismo da mulher. É o que estamos fazendo aqui no hospital. O acompanhante está presente durante todo o decurso, para acalmar e dar apoio emocional. O bebê é levado para a mãe logo após o nascimento, fortalecendo o vínculo. Não precisamos ter alta tecnologia para isso, apenas respeitar e valorizar esse momento tão vulnerável e emocionante para a mãe e seu filho", conta.
Fonte: Ascom