O Sistema de Integração do Transporte Coletivo de Teresina, o Inthegra, completou uma semana de funcionamento nesta segunda-feira (26). A equipe do Portal Rede Piauí de Notícias foi até a Praça do Fripisa, no Centro da capital, para saber o que os usuários estão achando do serviço.
Os usuários ainda se confundem quanto a dinâmica do transporte coletivo / Crédito: Rede Piauí de Notícias - Ryan Andrade
O novo modelo de integração da capital começou pela Zona Sul e, desde o dia 17 de março, os moradores desta região tiveram de se adequar às mudanças no transporte público de Teresina. Agora, para que os teresinenses cheguem até o centro da cidade, é necessário fazer uso de dois ônibus, sendo um do bairro até o terminal (linhas alimentadoras) e outro do terminal até o centro (linhas troncais). Para que o usuário faça todo esse percurso pagando apenas uma passagem, é necessário o uso de um cartão eletrônico que faz a integração automaticamente.
As pessoas ainda acessam alguns orientadores para tirar as dúvidas sobre os ônibus / Crédito: Rede Piauí de Notícias - Ryan Andrade
Nossa equipe chegou à Praça do Fripisa por volta das 9h da manhã. Mesmo já tendo passado uma semana desde que o novo sistema começou a operar, muita gente ainda tinha dúvidas sobre o funcionamento do serviço. A principal reclamação dos usuários é com o tempo de espera entre um veículo e outro. Adriana Soares, autônoma, perdeu um ônibus para o Terminal do Bela Vista e teve que esperar mais 30 min: “Já estou a meia hora esperando um ônibus para o Terminal do Bela Vista. Antes, a gente esperava no máximo 20 minutos e conseguia embarcar. Do terminal eu ainda preciso pegar outro para o bairro Teresina Sul e nem sei que horas devo chegar em casa”, comentou.
A dona de casa, Soares esperou mais de 30 minutos para pegar o ônibus / Crédito: Rede Piauí de Notícias - Ryan Andrade
Além da demora, alguns usuários reclamaram da falta de acessibilidade para pessoas com deficiência e o desrespeito de alguns motoristas que param o ônibus longe da plataforma de embarque, o que pode ocasionar acidentes no momento em que o passageiro vai adentrar ao veículo. “Na semana passada, quase acontecia um acidente quando eu entrava no ônibus. Alguns motoristas param muito distante da plataforma e você tem que tomar muito cuidado para não cair. A passagem só aumenta e nada melhora. Só quem se beneficia com essas mudanças são a prefeitura e os empresários”, relatou Maria Neuza.
Crédito: Rede Piauí de Notícias - Ryan Andrade
Strans admite problemas
O diretor de Transportes da Superintendência de Transportes e Trânsito (Strans), Francisco Nogueira, admitiu, por telefone, a ocorrência de alguns problemas, mas que os mesmos estão sendo monitorados e mapeados para que sejam feitas as devidas correções. “Neste primeiro momento, estamos observando algumas reclamações em relação aos atrasos, mas pedimos a compreensão dos usuários porque o novo sistema é recente e estamos fazendo os devidos ajustes para melhorar a locomoção dos teresinenses pela capital. O tempo de espera de um ônibus para outro é de 12 minutos, mas este intervalo de tempo é nos terminais. Pode ser que ao sair do terminal em direção ao centro, haja alguns contratempos que podem atrasar a viagem. Muitos veículos ainda insistem em se locomover pelas faixas exclusivas para ônibus, por exemplo”, comentou.
*Reportagem feita por Ryan Andrade sob supervisão de Pedro Henrique Santiago