O mercado de jogos virtuais está em franca expansão no Brasil e já está consolidada em diversos países. Nos últimos anos o número de empresas no ramo aumentou sete vezes, no ano passado a área faturou 5 bilhôes de reais e as empresas estão se mantendo mesmo com a crise econômica. No Piauí não poderia ser diferente, também está em pleno crescimento.
A própria indústria do cinema hoje se volta para a produção de filmes que já tenham, em seu roteiro, uma possível transformação em mídia interativa (games). De modo geral, o mercado de games e todas as oportunidades lúdicas que se apresentam nele se constituem em uma das referências importantes da atual cultura.
Os e-sports, como são conhecidos alguns jogos eletrônicos que estão ocupando espaço e realizando campeonatos ao redor do mundo inteiro, tem atraído cada vez mais adeptos e despertando um tema: eles devem ou não serem considerados modalidade esportiva e colocados nos Jogos Olímpicos? Em junho desse ano (2017), os narradores Bida e Kauê Pimposo, alguns dos principais profissionais do cenário nacional, estiveram em Teresina participando do BSL-Nordeste e falaram sobre o assunto. Para eles, os e-sports reúnem as características necessárias para serem considerados esportes olímpicos, mas isto não é necessário para o desenvolvimento das modalidades.
Profissionais do cenário nacional, estiveram em Teresina participando do BSL-Nordeste Foto:Wenner Tito/Globoesporte
De acordo com Kauê, é preciso que o Comitê Olímpico não ignore a expansão da modalidade. Segundo ele, o grande número de adeptos e as qualidades necessárias para se tornar um atleta profissional, presentes tanto em esportes tradicionais como nos jogadores de e-sports, são fatores consideráveis para incluir os jogos eletrônicos nas Olimpíadas. O evento que aconteceu no Teresina shopping entre 22 e 25 de junho foi inédito em todo nordeste e reuniu 200 participantes entre eles jogadores de São Paulo.