A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou nesta terça-feira, 28, pedido de liminar proposto pela estudante Rebeca Mendes da Silva Leite, de 30 anos, para interromper a gravidez. Com dois filhos e em atividade com um acordo provisório até fevereiro, Rebeca defendeu ter dificuldades econômicas para requer o direito ao aborto. Gestante de seis semanas, ela falou não ter dinheiro e condições emocionais de levar a gestação a frente.
A solicitação era uma repetição de liminar de uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF). Colocada no mês de março pelo PSOL e pelo Anis para a permissão do aborto em situações de gestação até a 12ª semana, a ação está sob a relatoria da ministra.
A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF) (Foto:Reprodução internet)
Os argumentos colocados pela Ministra para rejeitar a liminar ainda não estava disponível até o fechamento da reportagem, que também não conseguiu encontrar a defesa da estudante.
Em entrevista, Rebeca falou que não teria problemas em realizar um procedimento clandestino, mas, nunca havia pensado nessa possibilidade.
"Não quero ser mais uma mulher que morre em casa depois de hemorragia ou em uma clínica clandestina e depois é jogada na rua. Ou, ainda, ser presa", falou. "Quero viver com meus filhos, com saúde e segurança", declarou a estudante.
Estudante do 5º semestre do curso de Direito em uma instituição particular, com uma bolsa do Governo (ProUni), Rebeca afirma que uma gravidez agora poria em perigo não somente suas metas, mas também o sustento de toda família.