O ministro Jorge Mussi, do Tribunal Superior Eleitoral, aceitou analisar a denúncia feita pela campanha de Jair Bolsonaro (PSL) de que os shows do cantor inglês poderiam ser classificados como 'propaganda irregular' da campanha de Fernando Haddad (PT) para a presidência.
O ministro deu cinco dias para as partes se manifestarem. Além de Haddad e a vice, Manuela D'Ávila, os sócios da produtora T4F, responsável pelas apresentações do artista no Brasil, também são citados.
Em seus shows, Roger Waters apresentou em um telão o nome de Bolsonaro como um dos representantes do neofascismo que estaria emergindo no mundo e exibiu o slogan #elenão.
Para a defesa do presidente eleito, que cita a T4F como sendo "a maior beneficiária da Lei Rouanet do país", houve o indevido aproveitamento da imagem do artista para "ostensiva e poderosa propaganda eleitoral negativa" contra Bolsonaro.
O processo afirma que Roger Waters age em consonância com o PT ao lamentar as mortes do capoeirista baiano Mestre Moa e da vereadora Marielle Franco, assassinada em março.
Fernando Haddad, em seu twitter, fez piada com a situação. "Confesso que amo Pink Floyd e odeio ditaduras: seria isso um crime?", postou.
TSE autoriza investigação contra Haddad por shows de Roger Waters - Confesso que amo Pink Floyd e odeio ditaduras: seria isso um crime? https://t.co/0WtWSluBgO
— Fernando Haddad (@Haddad_Fernando) 29 de outubro de 2018