A greve de ônibus em Teresina chegou aos 100% na manhã desta quarta-feira (6). A medida foi tomada diante do atraso no pagamento dos salários dos trabalhadores do transporte coletivo da capital que, de acordo com o sindicato que representa a categoria, deveria ter sido pago nesta terça-feira (05).
Motoristas de ônibus fazem paralisação total em Teresina.
"A orientação foi para que os trabalhadores fossem para as suas casas e quando o dinheiro for depositado, vamos rodar os 30% novamente. Agora, não há nenhum ônibus rodando", disse Fernando Feijão, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Rodoviários de Teresina (Sintetro).
Desde as primeiras horas da manhã desta quarta-feira (6), representantes do Sintetro visitam as garagens repassando informações sobre a proposta dos empresários que propuseram cerca de 4% de reajuste e dupla jornada de trabalho. A categoria reagiu e aguarda uma contra proposta.
"Nós ainda estamos negociando. Essa proposta de trabalhar em dois turnos é uma regressão de 30 anos, uma escravidão moderna. Obviamente, isso foi reprovado pela categoria. Além disso, continuam com a proposta informal de 4% e os trabalhadores foram unânimes em não aceitar", explica Feijão.
Cerca de 1.700 trabalhadores compõem a categoria. Segundo Feijão, não há nenhuma reunião prevista.
"Eles (empresários) ficaram de se reunir e nos informar de qualquer nova proposta", reitera o sindicalista.
Ele acrescenta que entende os prejuízos causados à população e pede compreensão. "A gente lamenta essa situação. Nós também temos familiares que andam de ônibus que hoje estão passando o maior perrengue pra ir pra escola, pro trabalho. A gente pede desculpas, mas é uma situação atípica que tem ser combatida, senão vira uma bola de neve", completa Feijão.
A expectativa é que hoje ocorra mais uma tentativa de negociação entre os empresários e a categoria em reunião mediada pelo Tribunal Regional do Trabalho.
Fonte: Cidade Verde.