MPT no PI investiga mais de 200 denúncias de salários atrasados

De acordo com as denúncias, muitos trabalhadores terceirizados ainda não receberam o salário de dezembro e nem o 13º salário

16/01/2018 - 11h04

Ministério Público do Trabalho analisa 204 denúncias com relação a salários atrasados de servidores terceirizados no Piauí. Entre os órgãos públicos que são alvos das denúncias, estão o Departamento Estadual de Trânsito (Detran), a Universidade estadual do Piauí (Uespi), a Maternidade Dona Evangelina Rosa (MDER) e o Hospital Infantil Lucídio Portela.

Em Teresina são 160 denúncias ao todo, já em Picos foram 37 casos e em Bom Jesus, sete. De acordo com as denúncias, muitos trabalhadores terceirizados ainda não receberam o salário de dezembro e nem o 13º salário.

Trabalhadores de empresas de vigilância e segurança são alguns dos mais prejudicados, de acordo com o MPT. Segundo o sindicato da categoria, seis empresas devem dois meses de salário, o 13º e as férias.


Trabalhadores de empresas de vigilância e segurança são alguns dos mais prejudicados, de acordo com o MPT Foto:WebPiauí

O Termo de Ajuste de Conduta (TAC) é a primeira opção colocada, porém nem sempre as empresas aderem. Para Maria Helena Rêgo, procuradora-chefe substituta do Ministério Público do Trabalho, normalmente é priorizada a negociação com as empresas para que o pagamento seja realizado sem precisar de multa.

"É muito frequente que o próprio órgão tomador do serviço busque a negociação do MPT. Nesse caso, a gente chama a empresa prestadora de serviço e o órgão tomador do serviço e faz uma negociação para que o pagamento seja feito diretamente pelo órgão", explicou Maria Helena.