A greve de motoristas e cobradores do transporte coletivo de Teresina, que já dura mais de um mês, deve ter uma trégua nos próximos dias. Um acordo para suspensão temporária proposto pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) pode ser selado na próxima segunda-feira (12).
Na segunda audiência de conciliação realizada hoje no Tribunal Regional do Trabalho da 22ª Região, conduzida pela Presidente do TRT, desembargadora Liana Ferraz, o Ministério Público do Trabalho no Piauí, representado pelo procurador regional João Luzardo Soares, propôs uma trégua de 120 dias.
Durante a audiência, o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut) propôs a suspensão de 180 dias e o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários do Piauí (Sintetro), de 60 dias. Chegou-se ao meio termo. Entretanto, essa proposta ainda será encaminhada pelo presidente do Sintetro aos trabalhadores, que deverão decidir até a manhã da segunda-feira.
O presidente do Sintetro, Ajuri Dias, informou ao Cidadeverde.com que a categoria vai aguardar a audiência de segunda-feira para tomar uma decisão. Por enquanto a greve continua. Em caso de acordo, os trabalhadores que prestaram serviço em janeiro receberão seus salários e deverão retornar aos postos de trabalho imediatamente.
A categoria afirma que não recebeu o salário referente ao mês de janeiro e protesta, ainda, contra a redução no salário, falta do tiquete alimentação, plano de saúde e demissão de 50% dos cobradores. Os trabalhadores também reclamam sobre a falta do acordo coletivo de 2021.
Durante o período da suspensão da greve, o processo irá seguir normalmente no TRT, podendo haver novas audiências de conciliação entre as partes.
O Setut informou que aceitou a proposta apresentada pelo TRT. Dentre as propostas estão o retorno imediato do sistema de transporte para segunda-feira (15), suspensão do movimento por 120 dias, pagamento de salário de janeiro até quinta-feira, dia 18, após o repasse da Prefeitura referente ao acordo firmado com as empresas. Além disso, o mês de fevereiro ficará para discussão no dissídio da greve.
Fonte: cidade verde