ONU diz que 2017 pode ser um dos anos mais quentes já registrados

Cientista concordam que o aumento de mais dois graus terão consequências catastróficas

06/11/2017 - 13h58

Foi apresentado nesta segunda-feira (06) pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) da Organização das Nações Unidas (ONU), que 2017 poderá ser um dos três anos mais quentes que já foram registrados.

     As causa são principalmente a emissão de gases decorrente das atividades humanas                Imagem: Divulgação

Por conta disso, foram destacados através da versão provisória da "Declaração sobre o Estado do Clima Mundial" da OMM vários fenômenos climáticos que tiveram efeitos devastadores neste ano, entre eles inundações, furacões, onda de calor e muita seca.

Foi alertado também sobre o aumento dos principais indicadores do aquecimento global a longo prazo, como as emissões de gases contaminantes e a alta do nível do mar.

O ano de 2017 vai ser similar ao ano de 2015, que foi o segundo ano mais quente já registrado, ficando abaixo apenas do ano de 2016, que foi o ano mais quente já registrado, em consequência, principalmente, do fenômeno El Niño.

Consequências

Do mês de janeiro a setembro de 2017 foi registrada uma temperatura média global de aproximadamente 1,1 graus centígrados, e os cientista concordaram que uma alta de mais de dois graus teriam consequências catastróficas para o planeta.

Os últimos três anos estão estre os mais quentes já registrado, e segundo o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas, neste ano ocorreram "fenômenos meteorológicos extraordinários", como “temperaturas acima dos 50 graus na Ásia, furacões sem precedentes no Caribe e no Atlântico que chegaram até a Irlanda, devastadoras inundações de monção que afetaram milhões de pessoas, e uma seca implacável na África oriental", afirmou ele.

De acordo com ele isso revela os sinais da mudança climática no planeta em decorrência do aumento das concentrações de gases do efeito estufa, que é o resultado das atividades humanas.

A OMM considera que, embora não existam provas conclusivas da influência da mudança climática nos furacões, é "provável" que o aquecimento global faça com que "as precipitações sejam mais intensas e que o atual aumento de nível do mar aumente os efeitos das marés de tempestade".

O documento da ONU também aborda as fortes chuvas que provocaram deslizamentos na África do Sul e na Colômbia, com mais de 500 e de 273 mortos, respectivamente, e as fortes inundações que deixaram 75 mortos no Peru e mais de 1.200 na Índia, Bangladesh e Nepal.

Além disso, a OMM ressalta que zonas do sul da Europa, da África oriental e a parte asiática da Rússia registraram "temperaturas máximas sem precedentes" e sofreram com fortes secas. Por último, o texto ressalta as ondas de calor que aconteceram este ano no Chile, Argentina, Califórnia e Espanha, algumas das quais criaram as condições propícias para grandes incêndios florestais.