Opinião: Tiago Vasconcelos nada fez no Flamengo e vice vai assumir

A partir de agora o vice, que torcedores acusam de ter vendido "a sede", volta a comandar o time. Triste história.

26/02/2018 - 20h42

Na tarde de hoje,26, o agora, ex-presidente do Flamengo/PI, Tiago Vasconcelos pediu renúncia do cargo. Pode não parecer, mas Tiago já havia deixado o time há muito tempo. Talvez desde de 2016.

Ele que veio com um discurso todo bem montado. De modernização, fez o que todos os seus antecessores fizeram à frente do clube rubro-negro: Nada. Aliás, pode-se dizer que fez: aumentou as dívidas.

Tiago agora entrega o comando do clube nas mãos de quem já não havia feito nada e a torcida acusa de vender a famosa "sede". Everaldo Cunha. Aquele vice que o presidente só aceitou por conta de um acordo, mas que os torcedores possuem uma raiva viceral. Assim está a vida do Flamengo. Passando de mão em mão, mas nenhum dos que assumem, são dignos de corresponder a este clube, que um dia já foi enorme no estado, e hoje só acumula dívidas.

O Flamengo corre o risco de acabar. De sumir do mapa. Assim como praticamente está acontecendo com a Portuguesa, time de São Paulo, que pela ingerência - para não chamar irresponsabilidade - de seus dirigentes praticamente afundaram o time. Em tudo. Em especial nas dívidas.


Em reunião, os envolvidos acertam últimos detalhes para a saída de Tiago e Dilson Resende / Crédito: Globo Esporte

Ao assumir o Flamengo, Tiago tinha um objetivo: se reeleger vereador. Não deu. Mesmo com a ajuda de torcedores ligados a organizadas do clube. O processo de modernização passou léguas de distância do comando do presidente. Muito pelo o contrário, o tal processo de modernização nunca esteve associado ao clube.

Treinadores e jogadores saíram - e saem - reclamando de salários atrasados. A fatídica história dos ratos no alojamento foi só mais um fato que manchou o comando do presidente/político. Trouxe um ídolo do irmão rico do Rio de Janeiro, mas em pouco tempo depois disse que não acredita em filosofia no futebol. Típico do dirigente brasieliro. E para ser pior, teve o apoio de torcedores, que inclusive fizeram questão de tirar fotos com ele em campanha política para vereador.

O retrato do time rubro-negro em competições é pífio. Na segunda competição consecutiva amarga a lanterna. Com um agravente: Ainda não somou um ponto no estadual deste ano. Não tem dinheiro. Não tem estrutura. Deixou o comando do time nas mãos de um diretor de marketing, que com toda a sinceridade, nunca fez o marketing do time crescer. Este também pulou do barco naufragando.

Os jogadores e comissão técnica que aí está, coitados, estes, pouco tem culpa. O Flamengo é um time que está em 2018, mas que seus dirigentes parecem não se importar com toda a história que este time tem. É motivo de piada. E não seria diferente. O clube passa por uma ingerência.

Sim, o "Mais Querido" ou o Leão, já que torcedores quase causaram uma guerra quando determinaram que o mascote tinha que deixar de ser a raposa para ser o rei da selva, não é quem manda no local, hoje é um rei abatido por caçadores. Caçadores que colocaram seus interesses pessoais e até políticos acima da instituição que têm anos de prestação de serviço e alegrias aos seus torcedores.

Assim como no futebol local, o Flamengo/PI vive seu pior momento. Com mais um agravante: está na UTI em estado vegetativo. Existe quem queira assumir o clube, mas talvez não sejam os mais preparados. O presidente "novo" deve levar o time nas mãos até 2019. Triste para a história desse grande clube piauiense. Desse clube que é o elemento primordial do principal clássico do estado. O Rivengo.

É bem verdade que o seu maior rival, o River/PI, não passa por dias de glória. Está na enfermaria. Por um minuto deu a esperanças de que iria ter alta, mas recaiu e também teve em seus dirigentes anteriores um mar de irresponsabilidades. O futebol do Piauí passa sim por uma crise. Os dois maiores do estado não são mais tão grandes. O maior clássico do estado, já não é tão grande.

Chega a dar pena, por ver que um dos clubes principais do futebol do estado está entregue as baratas. E o pior, o futuro não lhes guarda o coisas boas. A história novamente se repete. O Flamengo caiu em mãos erradas. O Flamengo/PI está desaparecendo. Triste história. Parece ser o começo do fim.

Por Pedro Henrique Santiago

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