Pacto Interinstitucional une esforços para promover desenvolvimento do Piauí

Quarenta e cinco instituições estão envolvidas em esforço conjunto para destravar gargalos.

25/06/2019 - 09h42

O Piauí dará um importante passo para superação de entraves burocráticos e geração de soluções para impasses que dificultam o desenvolvimento em diversos setores da economia. Instituições públicas, privadas e do terceiro setor firmarão um pacto interinstitucional para busca conjunta alternativas para dar andamento a demandas das 26 câmaras setoriais existentes no estado. A solenidade de assinatura do pacto será na segunda-feira, 1º de julho, às 11h, no Palácio de Karnak. 

Pacto Interinstitucional une esforços para promover desenvolvimento do Piauí.



O plano é envolver 45 instituições, entre secretarias municipais, estaduais e federais, associações, federações de trabalhadores e órgãos do sistema "S", como Sebrae, Senai, Sescoop e outros, em um esforço conjunto para destravar gargalos que vêm impedindo a produção de riquezas. Nas câmaras setoriais há o entendimento que essas soluções não dependem exclusivamente do governo estadual.

"Temos de elaborar um plano de marketing para o turismo do Piauí. Isso vai envolver as secretarias de Comunicação, Desenvolvimento Econômico, Turismo, Sebrae, niversidades estadual, federal, IFPI e outras entidades. Todos sentarão à mesa para discutir como construir o plano e depois correr atrás para verificar quem pode contribuir com experiências, competências", exemplificou Sérgio Vilela, coordenador das Câmaras Setoriais. 

A política de Câmaras Setoriais visa trabalhar em conjunto demandas apresentadas pelo setor agropecuário, indústria, serviços e comércio. Atualmente, existem 26 câmaras criadas pelo governo do Piauí, fóruns permanentes e dinâmicos compostos pelos agentes envolvidos, que alcançam resultados significativos.

O setor da carnaúba enfrentava um problema crônico que inviabilizava a atividade. As relações de trabalho se confundiam com escravidão e eram alvo constante de fiscalizações e autuações por órgãos como o Ministério Público do Trabalho. Por iniciativa da câmara setorial, os agentes fiscalizadores sentaram-se à mesa com os trabalhadores e chegou-se a um acordo. Cada categoria agora compõe uma microempresa, alternativa que gerou segurança jurídica a todos os atores da cadeia da carnaúba. 

"Nem tudo depende de dinheiro. Às vezes depende de ajustes na forma como se trabalha. Às vezes depende de prioridade. No Piauí, há 2.500 doutores nas universidades e instituições, muitas competências trabalhando isoladas. Tentaremos reunir essas competências, gente até mesmo do setor privado, para avançarmos em soluções para os mais diferentes setores da economia" ressaltou Vilela.