No Brasil, são maias de 22 milhões de crianças e adolescentes que usam o celular para pesquisar, jogar e navegar na internet. O problema é que sem supervisão, eles estão tendo acesso a assuntos impróprios para a idade.
Essas trocas gigantescas de informação entre milhões de pessoas ao mesmo tempo às vezes geram comportamentos condenáveis. A discriminação foi o mais lembrado pelos jovens internautas (41%) - principalmente por raça ou cor e aparência física.
Os pesquisadores também detectaram que adolescentes de 11 a 17 anos tiveram contato com assuntos sobre como se automutilar (13%) e sobre como ficar mais magro (20%).
Mais de 90% começaram a acessar as redes sociais com 12 anos ou menos, e 86% admitem já ter mentido a idade para poder acessar alguma dessas redes;
Quase 95% acessam a Internet todos os dias ou quase todos os dias e 85% usam a Internet por duas horas ou mais;
Só 33% dizem ter problemas com os pais pelo exagero no uso, enquanto 80% dos pais dizem ter problemas com os filhos em função do tempo de conexão.
63% concordam que é mais fácil esconder dos pais aquilo que acessam pelo tablet ou celular;
22% dos jovens já ficaram, 11% já namoraram e 5% já fizeram sexo com pessoas que conheceram pela Internet; pouco mais de 1% dos pais sabem, embora sejam contra esse comportamento.
23% já foram vítimas de insulto ou violência pela Internet, 16% já enfrentaram algum tipo de preconceito e 36% já ficaram tristes por problemas vividos na rede;
72,5% já mentiram na Internet e 37% já agiram de modo agressivo ou ofensivo com alguém.
As escolas já perceberam que não dá para concorrer com o celular e a internet, nem condenar o uso deles, afinal a tecnologia ocupa boa parte da vida dos estudantes quando eles vão para casa.
O que muitas escolas estão fazendo é tentar ajudar os alunos a navegar por caminhos mais seguros e evitar as armadilhas da rede.
A pesquisa ouviu quase seis mil pais, crianças e adolescentes de todo o Brasil entre novembro do ano passado e junho deste ano.