Pesquisadores testam medicamentos em pacientes com Síndrome de Down

O Dia Internacional da Síndrome de Down, traz expectativas de boas notícias no futuro

21/03/2018 - 19h05

No Dia Internacional da Síndrome de Down cientistas revelam buscar um tratamento que aprimore memória, raciocínio e afins diante dessa condição genética.

Nesta quarta-feira (21), os  cientistas do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa, vinculado ao Hospital Albert Einstein (SP) e da Universidade Case Western Reserve (EUA), anunciaram o andamento de experimentos com uma droga que poderia melhorar capacidades cerebrais de adolescentes e adultos jovens com essa condição.

Os pesquisadores pretendem examinar esse fármaco em voluntários com síndrome de down do Brasil e dos Estados Unidos, de 15 a 32 anos.

A droga chamada de memantina já é aplicada em indivíduos com Alzheimer. Nese caso, o comprimido ajuda a preservar células cerebrais e conter os sintomas da demência. 

Após 16 semanas, 42 americanos e 23 brasileiros estão sendo avaliados. Uma parte vai tomar a memantina, que será comparada a outra parte que receberá apenas um comprimido inócuo (placebo).

Várias funções cerebrais serão analisadas, os pacientes serão submetidos a teste de memória, comunicação, aprendizado, etc. Em paralelo, questões de segurança e tolerância ao tratamento serão desenvolvidas.

A analista e pediátra, Ana Claudia Brandão, uma das profissionais envolvidas na investigação do Hospital Israelita Albert Einstein, declarou que a pesquisa objetiva trazer melhora na qualidade vida de pessoas que possuem a síndrome de Down. “Esse tipo de pesquisa pode trazer impacto positivo na qualidade de vida de quem tem síndrome de Down”, explicou ela.

O trabalho deve ser concluído em 2019 – e está com as inscrições abertas aos indivíduos com Síndrome de Down que desejarem participar.

Os voluntários brasileiros e seus familiares podem entrar em contato para mais informações através do e-mail: estudosd@einstein.br
 

*Reportagem de Helorrany Rodrigues, supervisão Pedro Henrique Santiago 

Com informações de: Helorrany Rodrigues