PF prende médico e faz busca e apreensão em sua casa em Teresina

Os que ganhavam com o esquema eram pessoas indicadas por agentes políticos

16/11/2017 - 17h05

A Polícia Federal realizou buscas e apreensões na residência do médico Mariano de Castro Silva,no Condomínio Fazenda Real e no condominio Terrazo Florenza, na Avenida Lindolfo Monteiro, na manhã de hoje quinta-feira (16). A ação policial fez parte da Operação Pegador que está acontecendo no Piauí e no Maranhão para buscar indícios de desvios de recursos públicos da união através de fraudes na contratação e pagamento de pessoal fechados pelo Governo do Maranhão na área da saúde. O médico teve prisão temporária.

Estão sendo executados 17 mandados de prisão provisória e 28 ordens de busca e apreensão em Teresina, São Luís/MA, Imperatriz/MA e Amarante/PI, além de bloqueio judicial e seqüestro de bens no montante de 18 milhões de reais.

A ação policial fez parte da Operação Pegador que está acontecendo no Piauí e no Maranhão   Foto:Cidade Verde

Nomes dos alvos da Operação Pegador são:

Prisão temorária:

Antônio José Matos Nogueira

Chisleane Gomes Marques

Mariano de Castro Silva

Luiz Marques Barbosa Júnior

Rosangela Aparecida da Silba Barros (Rosângela Curado)

Antonio Augusto Silva Aragão

Benedito Silva Carvalho

Flávia Geórgia Borges Gomes

Ideide Lopes de Azevedo Silva

Marcus Eduardo Alves Batista

Miguel Marconi Duailibe Gomes

Osias de Oliveira Santos Filho

Paulo Guilherme Silva Curado

Péricles Silva Filho

Waldeney Francisco Saraiva

Warlei Alves do Nascimento

Karina Mônica Braga Aguiar

Compreenda o caso

De acordo com a PF, nas investigações executadas em 2015 foram apurados indícios de que servidores públicos que desempenhavam postos de comando na Secretaria de Estado da Saúde naquele ano fizeram um esquema de desvio de recursos e fraudes na contratação e pagamento de pessoal.

As investigações mostraram que existem aproximadamente 400 pessoas que teriam sido incluídas de forma irregular nas folhas de pagamentos dos hospitais estaduais sem a prestação de serviços às unidades hospitalares. Os que ganhavam com o esquema eram pessoas indicadas por agentes políticos: familiares, correligionários de partidos políticos, namoradas e companheiras de gestores públicos e de diretores das organizações sociais.

O total dos recursos públicos federais desviados por meio das fraudes esta a cima de 18 milhões de reais. entretanto, de acordo com a Polícia Federal, o prejuízo aos cofres públicos pode ser maior, por que os desvios continuarão a ser realizados mesmo depois do começo outras etapas da Operação Sermão aos Peixes.