O secretário de Governo, Merlong Solano, recebeu, nessa quinta-feira (21), no Palácio de Karnak, representantes da Organização Internacional para as Migrações (OIM), Cáritas Regional Teresina, Secretaria de Estado da Assistência Social (Sasc), Secretaria da Segurança (SSP-PI) e Superintendência de Relações Sociais (Supres) para tratar da recepção de imigrantes venezuelanos concentrados no estado de Roraima e que procurem abrigo no Piauí.
A estratégia de interiorização dos imigrantes faz parte da Operação Acolhida, criada pelo governo federal com apoio de agências da Organização das Nações Unidas (ONU) e organizações da sociedade civil para responder ao fluxo de venezuelanos atualmente no Brasil.
De acordo com o secretário, outros estados brasileiros já estão prestando esta ajuda humanitária aos venezuelanos. “O Brasil recebe os impactos da situação atual política econômica e social na Venezuela, assim como ocorre em outros lugares do mundo. O Piauí, por sua vez, também se dispõe a prestar esta solidariedade, uma vez que o estado de Roraima sozinho não tem condições de integrar todos os imigrantes”, explicou Merlong.
Guilherme Otero, coordenador de projetos da OIM, informou que cerca de 5 mil pessoas já deixaram os abrigos de Roraima para morar em 17 estados brasileiros. “A operação reúne Forças Armadas, ministérios e entidades da sociedade civil organizada. O objetivo é oferecer subsídios para que os participantes do programa possam ser integrados às comunidades das cidades onde fixam moradia”, comentou Otero.
Núbia Lopes, superintendente de Relações Sociais da Secretaria de Governo, enfatizou que o Estado está preocupado em oferecer uma boa recepção aos imigrantes. “Estamos nessa tratativa, articulando grupos de trabalho para receber as famílias venezuelanas da maneira mais adequada. O Estado também está preocupado em oferecer dignidade à estas pessoas, com acesso à saúde, educação e emprego”, observou Lopes.
Imigrantes no Piauí
Merlong Solano explicou que o governo, em parceria com organizações sociais, deve receber cerca de 20 famílias e prestar assistência para que em um prazo de seis meses os imigrantes possam se firmar no Piauí.
“O governo se compromete a buscar oportunidades de emprego, oferecer assistência social e de saúde e facilitar os contatos iniciais com a nova vida em solo piauiense”, destacou o secretário, acrescentando que o Estado deve facilitar a comunicação com empresas piauienses que queiram receber trabalhadores de origem venezuelana.