Os policiais militares envolvidos na morte da pequena Emily, de 9 anos de idade, na última segunda, 25, teriam alterado a cena do crime com a intenção de atrapalhar o trabalho de investigação da perícia da Polícia Civil.
Segundo o delegado Baretta, chefe de investigação da Delegacia de Homicídios, os policiais Aldo Luís e Francisco Alves teriam coletado as cápsulas deflagradas da cena do crime e apresentado uma viatura que já havia sido atingida há um tempo que não corresponde com o período do acontecimento com a família. “Eles arrecadaram os estojos, mas o perito criminal ainda pegou alguns, e tentaram apresentar uma viatura com disparo antigo, para dar a entender que alguém tinha atirado contra eles”, diz o delegado Baretta.
A Polícia Civil solicitou a prisão preventiva dos dois policiais militares pelos os crimes de fraude processual e homicídio doloso. O juiz da Central de Inquéritos, José Gil Barbosa, já acatou, ainda na quinta, 27, a prisão preventiva de ambos os policiais.
Os policiais foram autuados por lesão corporal grave acrescida de morte e disparo em via pública. Nenhum dos dois ainda compareceu à Delegacia de Homicídios, e por isso, o titular da delegacia fará um novo ofício solicitando ao comandante geral da Polícia Militar a presença dos suspeitos.
PM JÁ POSSUI AÇÃO JUDICIAL
Uma das bases de fundamentação do juiz José Gil Barbosa é de que o o soldado Aldo Luís responde a um processo criminal, em que é acusado de ter atirado em um rapaz, em julho do ano passado, na Vila Uruguai, zona leste da capital.
No documento, o juiz argumenta que o registro de atos infracionais anteriores demonstra “a propensão para práticas delitivas e torna inadequada e insuficiente a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão”.