O velório de um bebê teve que ser interrompido no interior do Piauí para que fossem apuradas as causas da morte. A família registrou boletim de ocorrência após a suspeita de negligência médica. O parto ocorreu no Hospital Regional Justino Luz, em Picos. A menina, que seria batizada como Tháylla Vitória, nasceu com vida na tarde do último domingo (22) e morreu após alguns minutos.
De acordo com Silvia Ventura, avó da recém-nascida, o BO foi registrado por ela quando estava ocorrendo o velório. "Minha neta morreu e liberaram no hospital. Quando estava ocorrendo o velório, fui na delegacia registrar o BO e a delegada disse para eu levar minha neta, novamente, para o necrotério do hospital que o corpo tinha que vir para Teresina para ser periciado", contou Silvia.
O corpo foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) em Teresina nesta terça-feira (24), para ser periciado. A avó relatou que a filha estava com dores fortes e o médico se recusou a fazer um parto cesáreo.
"Na madrugada de domingo, as dores aumentaram e a internaram. Minha filha estava com muita dor e a gente implorou para que fosse feito cesárea, pois já tinha procurado atendimento cinco vez e ela vinha sofrendo com dores há muitos dias. O médico disse que era normal. Minha neta nasceu viva e com 20 minutos faleceu. Ela nasceu com rostinho roxo e acredito que morreu porque não fizeram cesárea e o bebê passou da hora de nascer", relatou.
A criança nasceu pesando 3,498 kg e com 52 cm. A mãe da bebê tem 16 anos e era sua primeira gestação. Silvia Ventura disse ainda que a filha fez todo o pré-natal que revelou que mãe e filha estavam bem. O laudo do Hospital Regional Justino Luz apontou como causa do óbito insuficiência respiratória aguda e cardipatia.
A avó da criança disse que durante todo o pré-natal e ultrassons nenhum problema com a criança foi detectado. "Disseram que minha neta nasceu com má-formação no coração, mas minha filha fez todo o pré-natal, fez ultrassons e não mostraram isso? Minha neta morreu porque passou da hora e não quiseram fazer cesára. Quero justiça para que amanhã ou depois outra mãe venha passar o que minha filha tá passando", afirmou.
De acordo com a coordenação de radiologia do Hospital Justino Luz, durante o exame de ultrassom foi detectada uma má formação congênita cardíaca. Entretanto já não havia mais tempo porque a paciente já estava em trabalho de parto. Após o nascimento o bebê não reagiu devido a essa deficiência detectado apenas no momento do parto.
"O hospital não tem responsabilidade no acompanhamento pré-natal, ou seja, só recebe a paciente no momento do parto. Por ter existido essa suposta denúncia, a copia do prontuário já foi disponibilizado e encaminhado à Justiça. Mas é importante ressaltarmos que não houve nenhuma negligência por parte do atendimento ofertado pelo hospital no momento do parto", disse o hospital.
Com informações de cidadeverde.com