A Polícia Militar despejou 68 famílias que ocupavam um terreno de 4 hectares localizado entre a avenida Oscar Filho com a rua Paulo Queiroz, na estrada do povoado Soinho, localizado no bairro Socopo, zona Leste da Capital.
Uma das organizadoras da ocupação, Fracidalva dos Santos Araújo, afirmou que o terreno estava abandonado e era utilizado somente por meliantes para guardarem objetos de roubo e furto. Na opinião dela, ha dois meses o terreno é ocupado por famílias que pagam aluguel. “São famílias que vieram para ocupação para ter uma casa própria e agora a polícia vem aqui despejar todos falando que a área é rural, quando é urbana”, disse.
Os ocupantes já haviam construído casas de taipa no local. Antônio da Silva Paiva falou que estava há dois meses no local, por que tinha a intenção de conseguir um terreno para sua filha. “Tenho casa, mas vim para cá tentar um terreno para minha filha que mora de aluguel”.
Rosana Pereira de Oliveira relatou que mora com quatro famílias, e que o espaço não comporta tantas pessoas. “Meus filhos precisam de casa e não temos, precisamos de terreno.
A coronel Júlia Beatriz, coordenadora de Gerenciamento de Crises e Direitos Humanos da Polícia Militar, declarou que 25 pessoas trabalharam no despejo para cumprir mandado de reintegração de posse favorável a empresa “Socopo Agropecuária Industrial”, ratificada pela juíza da 6ª Vara Cível de Teresina, Liana Maria Sousa Lima.
“Viemos aqui antes e demos um prazo de 48 horas para que eles retirassem os bens. Tinham poucas pessoas morando nas cassas, demos até o meio dia para que eles saíssem do local”, argumentou.
25 pessoas trabalharam no despejo para cumprir mandado de reintegração de posse Foto:(Crédito: Efrém Ribeiro)