A Polícia Civil cumpriu, na tarde de hoje, segunda-feira (27), o mandado de prisão preventiva contra o capitão da Polícia Militar, Allisson Wattson, indicado como autor da feminicídio da estudante de direito Camilla Abreu. De acordo com informações do titular da Delegacia de Homicídio, o delegado Francisco Costa Baretta, a prisão preventiva tem por finalidade de dificultar que o acusado inviabilize o prosseguimento do processo, caso ele seja posto em liberdade.
O mandado de prisão preventiva, solicitado pelo promotor Benigno Filho, foi aceito pela Justiça no último dia 20 de novembro. Com a conversão, o suspeito agora fica preso por tempo indeterminado. Segundo o delegado Baretta, o mandado tem como base a natureza dos crimes que teriam sido praticados pelo acusado, sendo estes: o feminicídio de Camilla, a ocultação de cadáver e a tentativa de destruição de provas.
Polícia cumpre prisão preventiva de capitão Allisson Wattson Foto:Reprodução da internet
“Ele mostrou ser um indivíduo perigoso, que matou de forma violenta, destruiu provas e com certeza, se ficar solto, ele vai intimidar testemunhas e fazer tudo para prejudicar o andamento do processo”, falou o delegado Baretta. Com a prisão preventiva, ele recebe a sanção máxima que pode ter antes do julgamento e a polícia tem mais tempo para terminar toda a investigação e unir os indicadores comprobatórios do ato criminal.
Detido desde o dia 31 de outubro, o capitão permanecerá detido no Presídio Militar no Quartel do Comando Geral (QCG), em Teresina, até que o Conselho de Justificação resolva se ele é culpado, ou não, do crime de feminicídio, de ter ocultado o corpo e ter tentado acabar com as provas materiais do crime. Se for considerado culpado, o capitão será afastado da corporação e deverá ser encaminhado para um presídio comum.