Na última quinta-feira (03), chefes dos presídios piauienses e outros membros do sistema presidiário do Estado participaram de um encontro com a Diretoria da Inteligência da Polícia Civil para debater sobre uma distribuição de detentos por nível de crime cometido que devem ser adotadas nos presídios do Piauí.
O subsecretário da Secretaria de Justiça do Estado disse que a nova estratégia pretende seguir a política adotada no Sistema Nacional de Segurança. “Foi um evento onde nós discutimos a possível divisão dos presos por índice de periculosidade. Estamos analisando dentro do nosso contexto enquanto Estado do Piauí, se é possível fazer essa distribuição e quais unidades seriam possíveis de receber presos de alto, baixo e médio risco”, explicou.
Antes de ser implantado, o Estado está consultando os gestores dos presídios e agentes penitenciários. O trabalho ainda deve ser estendido junto ao Núcleo de Inteligência da Polícia Civil.
Casa de Custódia / Reprodução: Meio Norte
O sistema penitenciário deve ser encarado, na visão do delagado da Polícia Civil Charles Holanda, como um local de estratégia para que se possa combater a criminalidade. “[O sistema penitenciário]... é de onde surgem a grande maioria das informações relacionadas à criminalidade [...] o sistema penitenciário em um laboratório de soluções. Conter organizações criminosas e solucionar instabilidades de segurança pública não podem ser feitas sem uma integração com o sistema prisional”, opinou o delegado.
A divisão de detentos é visto como uma medida paliativa para que não ocorra rebeliões ou outras ações de subversão. A metodologia é tida como referência em outros países, como é o caso do Canadá.
O evento foi realizado na Academia de Formação Penitenciária (Acadepen), em uma parceria entre Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) e a Secretaria de Estado da Segurança Pública.