Como parte do projeto de aparelhamento, modernização e segurança previstos no Plano Estratégico da Defensoria Pública do Estado do Piauí, o sistema Solar está sendo implantado, em fase experimental, no setor de Triagem da Diretoria de Primeiro Atendimento da instituição, nas unidades Cível e de Família. Nesta fase, as Defensorias Regionais de Piracuruca e Altos começam a receber o treinamento, por meio da implantação do projeto piloto do sistema Solar.
O Solar é um Sistema de Solução Avançada em Atendimento de Referência, desenvolvido pela Defensoria Pública do Estado do Tocantins. É utilizado com sucesso em oito estados, incluindo o Distrito Federal. “O sistema foi cedido para que a Defensoria do Estado do Piauí também pudesse utilizar. Na verdade, ele é um sistema que controla a atividade-fim da Defensoria, toda a questão de atendimento, gerenciamento dos processos e toda a questão de documentação dos processos. Então, basicamente, ele visa gerenciar esse contato dos defensores com os assistidos”, afirmou o coordenador de Tecnologia da Informação da DPE-PI, Raimundo Nonato Uchôa Filho.
O Piauí é um dos cinco estados que está em fase de implantação do sistema. Seguindo o cronograma da Coordenação de Tecnologia da Informação, TI, o projeto piloto está sendo instalado nas Unidades Cível e de Família do Primeiro Atendimento e, nas Defensorias Regionais de Altos e Piracuruca. Dividimos em duas etapas: piloto e de implantação. Cada etapa foi dividida em três fases, para ficar mais compreensível, que será discriminada dentro do projeto”, pontua Uchôa Filho. A previsão é que, até o fim de março, boa parte dos Núcleos da Defensoria Pública estejam usando o sistema.
A partir da implantação, todo o atendimento da Defensoria passa a ser integrado em um único sistema de gerenciamento. Ele irá facilitar o acesso a dados e dar agilidade aos processos, além de permitir a criação de um banco de dados onde constará, por exemplo, o histórico dos assistidos. “Com o Solar, será possível fazer um relatório de atendimentos, produtividade, gerar um perfil do atendido, baseado nos questionário socioeconômico e uma série de indicadores que servem para a macrogestão da Defensoria”, explicou Tonny Cleuton de Lima Nascimento, desenvolvedor da Coordenação da TI.
“O Solar possui outros módulos que ajudam no atendimento ao público, como por exemplo, de Justiça Itinerante e Força-tarefa. Além disso, irá facilitar a comunicação com o Tribunal de Justiça”, pontua o coordenador da TI. Nesta primeira fase, de implantação do projeto piloto, o Primeiro Atendimento, Altos e Piracuruca começam a receber o treinamento e a conhecer as inúmeras vantagens do Solar.
“Como foi desenvolvido dentro de um ambiente da Defensoria, ele abrange todo o fluxo de trabalho, nas mais diversas áreas – desde o contato do assistido no primeiro atendimento até o contato com o defensor, com o juiz, depois da audiência e o pós, geração de relatório. Ele é bem mais completo e atende a todas as demandas que existem dentro de Defensoria, tenta modelar e trazer isso para o Sistema, para agilizar o trabalho. E essa é uma das vantagens de se usar o Solar em detrimento de outros sistemas porque ele já foi testado pelas defensorias e já foi amplamente usado em algumas no Brasil, como no Distrito Federal. É um sistema que está bem testado, evoluído. A tendência são as defensorias que não tenham o sistema aderirem a ele, porque sai mais barato do que desenvolver do zero. Você já tem uma solução pronta, que não te custa nada, só um termo de homologação”, diz Tonny Cleuton.
“Com esse início de implantação do projeto piloto do sistema Solar, damos um passo significativo rumo a um atendimento mais célere, que se reverterá em uma resposta mais pontual a todos os que assistimos. Trata-se de uma ferramenta que é considerada uma das melhores para atendimento no meio jurídico atualmente e, certamente, facilitará o trabalho das nossas defensoras e dos nossos defensores públicos. Por meio do Solar, vamos criar pela primeira vez em nossa instituição um banco de dados real com nossos assistidos e, a cada retorno deles, será possível acompanhar o seu histórico com maior agilidade, o que será muito valioso para todos. É um avanço”, afirma a defensora pública geral, Hildeth Evangelista.