O CEO da Pfizer, Albert Bourla, afirmou que, pelo que se tem de informações até o momento, será necessária uma quarta dose da vacina contra a Covid e, possivelmente, um reforço anual do imunizante.
Apesar disso, os poucos dados disponíveis e especialistas apontam que talvez só certas populações possam se beneficiar da nova dose adicional.
"Pelo que vimos, a quarta dose é necessária. Agora, a proteção que temos pela terceira é bem boa em relação a hospitalizações e mortes. Mas não é tão boa contra infecções e não dura muito tempo. Estamos submetendo esses dados ao FDA [agência americana de drogas e alimentos] e veremos o que os especialistas fora da Pfizer dirão", afirmou Bourla ao programa Face the Nation, da rede americana CBS News.
Além disso, o CEO também afirmou que a farmacêutica trabalha no desenvolvimento de um imunizante protetivo contra as variantes, incluindo a ômicron –as vacinas atuais contra a Covid foram desenvolvidas sobre o Sars-CoV-2 original observado inicialmente em Wuhan, na China, e que se espalhou para o mundo.
"Mas também alguma coisa que proteja por pelo menos um ano", afirmou Bourla.
Dessa forma, seria mais fácil alcançar algo próximo à vida que se conhecia antes da pandemia de Covid.
Israel, Canadá, Dinamarca e Chile estão entre os países no qual as quartas doses já são oferecidas.
Ainda há poucos dados disponíveis sobre o real impacto da nova dose. Um pequeno estudo, com 274 profissionais de saúde, ainda sem revisão por pares, apontou um aumento de proteção (tido aqui como o número de anticorpos) contra a contaminação por Covid após a quarta dose de vacinas de mRNA (tanto Pfizer quanto Moderna), mas em níveis semelhantes aos observados no pico com a terceira dose. Houve, porém, baixo impacto na prevenção de infecções.
Segundo pesquisadores têm afirmado, apesar da população geral talvez não se beneficiar suficientemente de uma nova dose, alguns grupos populacionais mais frágeis poderiam ser de fato beneficiados.
No Brasil, por exemplo, a quarta dose é indicada para imunossuprimidos acima de 12 anos.
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Fonte: Folhapress