O governador Rafael Fonteles participou, nesta terça-feira (5), de reunião convocada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social e membros do Consórcio Nordeste para discutir o impacto do aumento de tarifas dos Estados Unidos sobre as exportações brasileiras. Fonteles, que é presidente do consórcio, defendeu a manutenção das negociações diplomáticas e a adoção de medidas emergenciais, caso o aumento tarifário seja efetivado.
Segundo Fonteles, as medidas emergenciais devem ter como objetivo proteger empregos e manter a política de abertura de novos mercados, reduzindo a dependência das exportações brasileiras em relação aos Estados Unidos. Ele destacou que, durante a pandemia, o Congresso Nacional flexibilizou regras fiscais para medidas emergenciais de crédito e compras governamentais, o que pode servir como referência para ações futuras.
O governador ressaltou ainda o trabalho realizado pelo Ministério das Relações Exteriores e pelos ministros Carlos Fávaro e Geraldo Alckmin na abertura de novos mercados, considerado fundamental para reduzir a dependência do mercado americano.
De acordo com dados do relatório Exportação e Importação por Porte Fiscal das Empresas, elaborado pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex/MDIC), a participação do Nordeste nas exportações brasileiras em 2024 foi:
- - 7,8% em médias e grandes empresas;
- - 7,5% em microempresas e MEIs;
- - 4% em empresas de pequeno porte.
Ao todo, 1.566 empresas nordestinas realizaram exportações no ano passado.
Fonteles destacou preocupação com setores específicos do Nordeste que podem ser afetados pelo aumento de tarifas, mesmo que o volume financeiro seja inferior a outras regiões. Entre eles estão frutas, pescado, açúcar, mel (no Piauí), alguns minérios e sal. Segundo ele, essas atividades impactam diretamente famílias e pequenas empresas, exigindo atenção especial.
Com informações de Governo do Piauí