Na noite da ultima quarta-feira (11), três crianças foram pisoteadas e agredidas a socos, próximo de suas casas no bairro Angelim, localizado na zona Sul de Teresina. Gilberto Carvalho da Silva, sargento da Policia Militar é o suspeito das agressões, ele era vizinho dos garotos.
As crianças estavam brincando com um cano de PVC e um balão (Foto: CidadeVerde.com)
Segundo os moradores do bairro, os meninos têm entre 9, 11 e 12 anos e estavam brincando por volta das 20h30, quando o suspeito começou a agredi-los. A mãe do garoto de 9 anos afirmou que um deles chegou a desmaiar por conta das agressões.
“Ele começou do nada. As crianças estavam brincando com um cano de PVC e um balão, quando ele se aproximou e mandou as três deitarem de costas e começou a pisotear, bater com o revólver e ainda deu um tiro para cima para que ninguém se aproximasse. Foram 15 minutos de tortura. E teve um que não aguentou segurar o choro e foi pior, porque ele bateu mais até que a criança desmaiou”, conta Maria do Socorro Araújo, mãe de uma das crianças que está revoltada com o caso.
A mãe do garoto que completou 13 anos hoje, Rosa Maria Oliveira, conta que o filho foi agredido no rosto. "Ele deu um murro na boca do meu filho que o dente amoleceu e quase saca fora. Eles estavam brincando, jogando pedra para cima. Os boatos é que as crianças estavam usando drogas, mas é só ohar para eles que se sabe que isso é mentira. Eles são crianças bem cuidadas. Estamos revoltados e queremos Justiça. Ele não pode usar farda da PM para fazer isso. Mesmo que ele tivesse pegado alguma criança usando droga, não podia fazer isso", afirmou Rosa Maria.
A mãe da criança de nove anos de idade, Rivonilde Silva, conta que o filho chegou a desmaiar com as agressões, e que o mesmo precisará de acompanhamento psicológico. "Meu filho ficou internado das 2h da madrugada até às 14h do dia seguinte. Ele não quer nem ir para a escola. Tenho que procurar um psicólogo para ele. Quero Justiça. Ele pegou as três crianças e bateu como se fosse um bandido", relatou Rivonilde Silva.
O caso ocorreu na rua onde a mãe do sargento e uma das crianças mora. Elas contam que chamaram a polícia, que levou ele em uma viatura e nós fomos em outra com as crianças. “Na Central de Flagrantes a gente registrou a denúncia e as crianças passaram por exame de corpo de delito, mas ele foi liberado e está em casa”, concluiu a mãe que diz que o filho está em choque com a situação.
A assessoria de comunicação da Polícia Militar disse que já estão cientes da ocorrência e que a Corregedoria irá abrir uma sindicância para apurar o fato. John Feitosa, Tenente Coronel falou que ele ainda que ele não foi afastado da função. O sargento é lotado no Batalhão de Guardas. “Ele foi para a Central de Flagrantes, lá foi lavrado o TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência) e ele foi liberado”, afirmou coronel John.