Saúde da Mulher, prevenção e cuidados além do câncer de mama

Outubro Rosa está acabando, mas os cuidados com a saúde da mulher não podem parar

29/10/2017 - 13h23

O mês de Outubro já entrou para o calendário como o mês que representa a luta contra o câncer de mama, o que merece extrema atenção por ser o tipo de câncer que mais incide entre mulheres brasileiras e no mundo todo é o tipo que mais mata mulheres, segundo dados da Agência Internacional para Pesquisa do Câncer, departamento da Organização Mundial de Saúde.

Mas é preciso ficar atento a outras doenças que afetam a saúde da mulher e que podem ser evitadas a partir de informação e tratamentos prévios, dentre os exemplos desses males estão o prolapso de órgão pélvico (popularmente chamado de bexiga caída), incontinência urinária, dor pélvica e disfunções sexuais. Alguns tipos de cirurgias na região pélvica , câncer ginecológico  e urológico são condições que favorecem o surgimentos de disfunções dos músculos do assoalho pélvico.

A fisioterapeuta  Karol Carvalho   ressalta a grande  importância  da fisioterapia pélvica, que abrange tratamentos nas áreas de urologia, ginecologia, coloproctologia e sexologia, para melhorar e promover a prevenção de doenças da região perineal ou assoalho pélvico, que é o conjunto dos músculos que sustentam órgãos  como útero, bexiga, reto, uretra e vagina bem como as estruturas de função sexual e reprodutiva.

Estima-se que cerca de 70% das mulheres no climatério (fase da vida em que ocorre a transição do período reprodutivo ou fértil para o não reprodutivo) terão alguma disfunção desses músculos devido à vários fatores como gestação, partos vaginais mal assistidos ou com lesão muscular, alterações posturais e cirurgias ginecológicas.

 A Drª Karol Carvalho, fisioterapeuta, explica a estreita relação e importância da realização da fisioterapia pélvica durante a gestação e principalmente após o parto. “independente se foi parto vaginal (normal) ou cesariano , Esses músculos são muito solicitados durante todo o período gestacional, imagine só ter que sustentar cerca de 9 a 15 kg a mais em um período de 9 meses  e sem nenhum preparo prévio para isso, E após o parto todo mulher deveria fazer o processo de reabilitação independente da via de parto , pois já se sabe que é um fator de risco para disfunções de assoalho pélvico no futuro”.


A fisioterapeuta  Karol Carvalho   ressalta a importância  da fisioterapia pélvica. Foto Internet.

Sobre o que se tem feito para a conscientização dos cuidados com a mulher em relação à saúde do períneo, a especialista diz que “temos tentado fazer campanhas educativas sobre incontinência urinária, dentre outras , porém, existe ainda muito tabu a cerca da fisioterapia pélvica , muitas pessoas acreditam que é algo muito erótico , íntimo e invasivo , além do preconceito de achar que somente pessoas na terceira idade são os acometidos .

 Deve-se levar informação para que as pessoas adquiram consciência do tratamento e que é possível tratar através de recursos, não cirúrgico e não medicamentosos em alguns casos “ finaliza a Drª Karol.