Somente neste ano 661 idosos foram vítimas de fraudes em Teresina

Aproveitando a oportunidade pessoas mal-intencionadas, ficam posicionadas aguardando em locais estratégicos da agência

14/11/2017 - 17h02

A Delegacia de Segurança e Proteção ao Idoso já registrou, de 1º de janeiro até ontem (13), 661 boletins de ocorrências relacionadas a fraudes contra os idosos. O número é referente a crimes financeiros, entre os mais frequentes estão: estelionato, furto na modalidade troca de cartão na fila do autoatendimento e ligações falsas.

Segundo a delegada Daniela Barros, titular da Especializada, as ocorrências mais comuns realizados na delegacia é o de furto na fila do banco, no momento em que o idoso vai receber a aposentadoria e, ao ter dúvidas sobre o saque, termina pedindo a auxilio de desconhecidos. Aproveitando a oportunidade essas pessoas mal-intencionadas, que já estão aguardando em locais estratégicos da agência, irão para oferecer ajuda e enganar a pessoa, subtraindo o valor que ele tem na conta.

Daniela também esclarece que são frequentes as ligações falsas, quando é perguntado ao idoso de algum dinheiro para receber e acaba realizando um deposito para o criminoso.

A delegada relata ainda que as investigações das ocorrências envolvendo fraudes são difíceis, uma vez que somente as imagens de câmeras de segurança não são suficientes para identificar fraudador; além daqueles crimes cometidos por pessoas de outros estados, como as ligações falsas.


Francisco Teixeira já teve sua conta zerada duas vezes por fraudadores(Foto: Moura Alves/O Dia)

INSS

Outro golpe comum está ligado aos empréstimos consignados. De acordo com dados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), este ano, até o dia 6 de novembro, já foram registrados 531 cancelamentos de empréstimos consignados, quando o idoso é vítima de uma fraude que na maioria das vezes pode acontecer dentro da família. Além disso, essas fraudes são mais comuns em bancos alternativos, não em instituições bancárias oficiais.

Prevenção

O trabalho com os idosos tem que ser de prevenção, para que eles fiquem mais atentos e não acreditem em qualquer informação que lhes é dada. Se o idoso notar que foi vítima de um crime financeiro, ele deve se ir à delegacia com todas as informações que tiver para registrar B.O. para começar os procedimentos e investigações.